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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Cuba reduz peso do pão da cesta básica em meio à crise de abastecimento

Escassez de farinha leva o governo a diminuir em 25% o peso do pão, agravando as dificuldades enfrentadas pela população, que já lida com a falta de alimentos, combustível e medicamentos.

O governo de Cuba, em meio a um regime ditatorial, anunciou a redução do peso do pão incluído na cesta básica devido à falta de farinha de trigo no país. A medida diminuiu o peso do pão em 25%, de 80 gramas para 60 gramas, enquanto o preço foi ajustado para 75 centavos de peso cubano.

Apesar disso, muitos cubanos, cuja renda média gira em torno de 4,5 mil pesos mensais, enfrentam dificuldades para comprar pães a preços mais altos no mercado. Uma moradora de Havana questionou a situação em entrevista à Reuters: “Temos que aceitar, o que mais podemos fazer?”, destacando a falta de alternativas.

O pão, um dos poucos produtos ainda subsidiados em Cuba, sofre com a escassez de insumos e a queda na produção. O Ministério da Indústria Alimentar (Minal) atribui a falta de farinha ao embargo comercial imposto pelos Estados Unidos.

A crise na ilha se agrava com a escassez de alimentos, combustível e medicamentos, levando um número crescente de cubanos a buscar refúgio nos Estados Unidos. Segundo dados oficiais, Cuba precisa de aproximadamente 700 toneladas de farinha diariamente para manter a produção de pão, o que totaliza cerca de 21 mil toneladas por mês, em sua maioria importadas.

Anayra Cabrera Martínez, diretora-geral do Minal, afirmou que a medida não é permanente, sendo adotada para evitar a interrupção total da produção. Segundo os dirigentes do ministério, é preferível garantir que a população tenha acesso ao pão, mesmo que em menor quantidade, do que interromper a produção, como aconteceu anteriormente.

Cuba enfrenta escassez generalizada

Este não é o primeiro episódio de escassez em Havana neste ano. Em março, o governo anunciou racionamento de energia para evitar um colapso devido à falta de combustível.

O sistema de racionamento de Cuba, conhecido como “libreta”, já foi um símbolo da revolução de Fidel Castro, oferecendo itens como pão, carne, leite e produtos de limpeza com subsídios. Hoje, o governo entrega apenas uma parte desses produtos, e muitas vezes com atraso, em más condições ou nem sequer distribui. Um morador reclamou que o pão fornecido “tem gosto de ácido”.

No início do ano, Cuba solicitou ajuda ao Programa Mundial de Alimentos para garantir o fornecimento de leite em pó para as crianças, outro item crucial no sistema de racionamento que está cada vez mais escasso. Essas informações foram divulgadas pela Revista Oeste.

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