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sábado, setembro 28, 2024
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Brasil e Aliados Latino-Americanos Ignoram Crítica Internacional às Violação de Direitos Humanos na Venezuela

Em meio a uma declaração de 30 países, incluindo EUA e Argentina, Brasil, Colômbia, México e Chile optam por uma abordagem de diálogo, desafiando pressões externas sobre o regime de Maduro.

O Brasil, em colaboração com Colômbia, México e Chile, decidiu não apoiar uma declaração promovida pelos Estados Unidos e Argentina que critica as violações de direitos humanos na Venezuela. Cerca de 30 países, incluindo Canadá e diversas nações europeias, assinaram o documento.

A manifestação expressa “profunda preocupação com a repressão generalizada e os abusos contínuos de direitos humanos” no país, especialmente após as eleições presidenciais de julho, que reinstalaram o ditador Nicolás Maduro em meio a alegações de fraude. A carta pede a libertação urgente de presos políticos, o fim da violência política e o término do assédio contra a oposição e a sociedade civil.

O texto foi apresentado durante as sessões da Assembleia Geral da ONU em Nova York, com a chanceler argentina, Diana Mondino, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, liderando sua formulação. O documento enfatiza que os cidadãos venezuelanos devem poder expressar suas opiniões políticas pacificamente, sem temor de retaliações, e convoca o governo de Maduro a iniciar diálogos que possibilitem uma transição pacífica para um novo governo.

Blinken ressaltou a importância de honrar a vontade do povo venezuelano: “Nosso objetivo é garantir que os votos do povo venezuelano sejam respeitados.” Diana lembrou que a crise na Venezuela resultou na migração de 7,8 milhões de pessoas, impactando os países vizinhos, e afirmou que o governo de Maduro “não se importa com seu povo”.

A declaração também pede a libertação imediata de prisioneiros arbitrários e o fim da violência política.

Resposta da Venezuela

Em resposta, o governo da Venezuela reprovou fortemente a declaração. O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, classificou o documento como um “acumulado de infâmias, distorções e aspirações golpistas”. O governo Maduro acusou os Estados Unidos de tentarem isolar o país, afirmando que “Washington e seus aliados fracassarão novamente em seu intento”.

Caracas declarou que os EUA têm utilizado “medidas coercitivas ilegais” e “ações terroristas” para desestabilizar o governo. Esta nova ofensiva diplomática surge em um contexto de crescente pressão internacional sobre o governo de Maduro, que enfrenta uma profunda crise humanitária e política. Contudo, a falta de apoio de nações latino-americanas importantes, como Brasil, México e Colômbia, limita a influência da declaração na região.

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