Horizontina comemora 66 anos de emancipação neste domingo, 28 de fevereiro

Em 18 de dezembro de 1954, foi assinada a lei de criação do Município, que instituiria, em 28 de fevereiro de 1955, o município de Horizontina, tendo como primeiro prefeito o Engenheiro Jorge Antônio Dahne Logemann.

Localizado na região Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul, Horizontina é um município de cerca de 20 mil habitantes.

É o 112º município mais populoso do estado, e diferentemente da maioria das cidades da região, apenas 1/5 da população vive na zona rural.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) daqui é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo o 11° maior do Rio Grande do Sul e o 110º do Brasil.

Distante 496 km de Porto Alegre, a temperatura média anual de 20,8 ºC.

97,5% dos habitantes são gaúchos, sendo que 60% são naturais Horizontina.

Boa parte da história da cidade e retratada em peças dispostas nesse museu, onde também funciona a biblioteca municipal.

A colonização do município acelerou rapidamente em 1927, quando chegaram os primeiros alemães na região.

Um ano depois, chegaram mais colonos descendentes de outros grupos étnicos, incluindo portugueses, eslavos e italianos chegaram, fazendo com que o lugar se desenvolvesse.

Em 18 de setembro de 1927, o Engenheiro Frederico Jorge Logemann, implantou o marco inicial da cidade de Horizontina, na então Colônia Belo Horizonte, que fazia parte do município de Santo Ângelo, integrando as Missões Jesuíticas.

A colonização particular deveu-se ao fato de o Estado pagar dívidas para com o engenheiro, através da escrituração destas terras, pelos serviços de construção de estradas e pontes na região.

À época, o colonizador encontrou índios e algumas famílias de posseiros que já desbravavam a floresta.

Com a emancipação de Santa Rosa, em 1931, Belo Horizonte também desmembrou-se de Santo Ângelo, ficando anexada ao novo município.

Em outubro de 1937, a colônia Belo Horizonte foi elevada à categoria de Distrito do município de Santa Rosa, passando a denominar-se Vila Horizonte.

Em 1943, sob a direção do Dr. Adolfo Ambros, a Vila Horizonte passou a ser chamada de Horizontina.

Em 19 de julho de 1953 foi escolhida a Comissão Pró-emancipacionista e, em 20 de dezembro do mesmo ano, através da realização do Plebiscito, foi autorizada a criação do município.

Em 18 de dezembro de 1954, foi assinada a lei de criação do Município, que instituiria, em 28 de fevereiro de 1955, o município de Horizontina, tendo como primeiro prefeito o Engenheiro Jorge Antônio Dahne Logemann.

Em 14 de junho de 1945, foi constituída a Schneider Logemann e Cia, a SLC.

A empresa comandava um moinho, uma serraria, uma ferraria, e produzia equipamentos agrícolas.

Em 5 de novembro de 1965, a empresa produziu a primeira colheitadeira automotriz (65-A) do Brasil.

Foi a primeira indústria nacional de colheitadeiras automotrizes, o que foi crucial para que a cidade se desenvolvesse, conferindo à Horizontina o título de “Berço nacional das colheitadeiras automotrizes.

A primeira colheitadeira automotriz de fabricação nacional revolucionava a agricultura e mostrava o vigor da indústria brasileira, como sinalizava a carta da SLC para Castelo Branco, presidente da República à época.

A multinacional norte-americana John Deere iniciou suas atividades na cidade em 1979, quando comprou um quinto da Schneider Logemann e Cia., assumindo o controle total da empresa em 1999.

Apenas em 2001 as máquinas produzidas aqui, começaram a levar o nome da líder mundial em equipamentos agrícolas, trazendo também a cor verde da John Deere.

Em agosto de 2004, a unidade da John Deere em Horizontina alcançou a marca de produção de 30 000 tratores e 50 000 colheitadeiras.

Em 2010, a filial de Horizontina empregava 1,8 mil funcionários.

Ainda hoje, a unidade da empresa norte-americana em Horizontina, gera boa parte da arrecadação do município.

Apesar da transferência da produção de tratores para Montenegro, a John Deere ainda representa cerca de 70% das riquezas geradas por Horizontina e cerca de 80% de sua arrecadação.

Gisele Bündchen posta foto de quando era criança – Instagran

A notoriedade de Horizontina também se dá por seus personagens.

Dentre os mais ilustres está a supermodelo Gisele Bündchen, que aqui nasceu, cresceu e iniciou sua carreira.

O avô de Gisele, Walter Bündchen, foi prefeito da cidade entre os anos de 1971 e 1975.

Em 2014, Gisele e sua família iniciaram o projeto Água Limpa, com a intenção de recuperar os córregos da região.

Horizontina é também a terra do cantor tradicionalista Rui Biriva.

Nascido em Horizontina, em 28 de outubro de 1957, Rui Biriva viveu até os 10 anos de idade no Distrito da Esquina Eldorado.

Aos 14 anos, venceu o Festival Estadual Estudantil da Canção.

Em maio de 1987, gravou o seu primeiro álbum, pela Continental Discos.

Rui Biriva gravou 14 volumes e chegou a ganhar o disco de ouro.

A estrutura educacional de Horizontina oferece educação básica e profissionalizante, além dessa faculdade, com cerca de mil acadêmicos nas áreas de engenharia, economia e gestão.

Na biblioteca municipal, estudantes e estudiosos contam com acervo de mais de 16 mil títulos.

O Produto Interno Bruto (PIB) de Horizontina é um dos maiores da região, destacando-se pela indústria e a prestação de serviços.

O PIB é o 34º maior do Rio Grande do Sul.

O PIB per capita é o 3º maior do Rio Grande do Sul e o 36º maior do Brasil.

Isso reflete na frota do município, que no ano de 2016, era de 15 044 veículos.

Uma média de três veículos por família.

O setor secundário é o mais relevante para a economia do município.

O comércio é o segundo setor mais relevante na economia local.

A rede bancária, com mais de cinco instituições financeiras distintas, conta com a força do cooperativismo.

A Sicred Noroeste conta com duas agencias na cidade, oferecendo produtos e serviços tanto ao empreendedor da cidade como para o agronegócio.

Embora a agricultura seja o setor menos relevante na economia de Horizontina, o turismo rural vem ganhando força.

AGRADECIMENTOS