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sábado, setembro 21, 2024
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A toque de caixa, presidente da Câmara dos Deputados aprova projeto para beneficiar políticos condenados

A medida foi articulada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). | O Sul

A Câmara aprovou, a toque de caixa, um projeto que favorece políticos condenados e investigados na Lava-Jato e em outras operações no País. A proposta absolve os réus quando há empate em decisões do Judiciário envolvendo processos penais, uma realidade frequente nos julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida foi articulada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e por líderes do Centrão como uma forma de o grupo se antecipar à próxima composição do Supremo, após a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, e foi apelidada de “Lei Cristiano Zanin”, em referência ao advogado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer indicar para a vaga.

A expectativa é que o placar no Supremo, em processos da Lava Jato, fiquem empatados com a saída de Lewandowski e com a impossibilidade de Zanin – se integrar a Corte – participar dos julgamentos, pois ele trabalhou na operação como advogado e não poderia ser juiz das ações. Na prática, políticos poderão ficar livres da prisão ou de uma condenação quando houver empate em julgamentos do Supremo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de tribunais da segunda instância.

A tese é defendida pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que na segunda-feira, 20, determinou o trancamento de três ações de improbidade administrativa que atingiam Lira no bojo da extinta Operação Lava Jato. O decano ainda derrubou todos bloqueios de bens decretados contra Lira no âmbito dos processos.

Para virar lei, o projeto dependerá agora do Senado e de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Líderes do Senado travam uma guerra com Lira nos bastidores, em função da tramitação de medidas provisórias, e ainda não há previsão de como será o andamento do projeto na Casa.

A mudança poderá mudar o resultado de condenações já proferidas no passado e provocar uma onda de revisões nos tribunais. A regra do empate favorecer o réu foi alterada em 2021 pelo Supremo, por decisão do então presidente da Corte, Luiz Fux, e passou a valer apenas para habeas corpus, quando o acusado está preso e pede a liberdade. Com o projeto de Lira, porém, valerá para todos os julgamentos.

A aprovação foi articulada por Lira e líderes da Câmara em uma reunião na terça-feira, 21, na residência oficial do presidente da Casa. No mesmo dia, o plenário da Casa aprovou a urgência para o projeto, ou seja, a autorização para a aprovação do texto sem passar por nenhuma comissão, pulando etapas de uma tramitação tradicional. O texto não passou sequer pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por analisar se esse tipo de proposta é constitucional.

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), braço direito de Lira e um dos expoentes do Centrão, foi escalado para relatar a proposta e deu parecer favorável. A votação ocorreu nesta quarta-feira e foi simbólica, ou seja, sem mostrar o nome dos parlamentares favoráveis e contrários. Nenhum líder partidário se manifestou contra.

Com a mudança na lei, o Centrão quer se antecipar à aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado tem dado votos favoráveis a réus da Lava Jato. Com a saída dele, em maio, o placar tende a ficar empatado. Lula quer indicar o advogado Cristiano Zanin, que o defendeu na Lava Jato, para a vaga de Lewandowski.

Como Zanin atuou como defensor na operação, ele tende a se declarar suspeito e não participar dos próximos julgamentos. A nova lei, então, garantiria a absolvição dos réus em um placar de 5 a 5, cenário provável daqui para frente. A expectativa entre líderes da Câmara é que a lei também favoreça a aprovação de Zanin para o STF, se ele realmente for indicado por Lula para a Corte.

A Câmara aprovou, a toque de caixa, um projeto que favorece políticos condenados e investigados na Lava-Jato e em outras operações no País. A proposta absolve os réus quando há empate em decisões do Judiciário envolvendo processos penais, uma realidade frequente nos julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida foi articulada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e por líderes do Centrão como uma forma de o grupo se antecipar à próxima composição do Supremo, após a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, e foi apelidada de “Lei Cristiano Zanin”, em referência ao advogado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer indicar para a vaga.

A expectativa é que o placar no Supremo, em processos da Lava Jato, fiquem empatados com a saída de Lewandowski e com a impossibilidade de Zanin – se integrar a Corte – participar dos julgamentos, pois ele trabalhou na operação como advogado e não poderia ser juiz das ações. Na prática, políticos poderão ficar livres da prisão ou de uma condenação quando houver empate em julgamentos do Supremo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de tribunais da segunda instância.

A tese é defendida pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que na segunda-feira, 20, determinou o trancamento de três ações de improbidade administrativa que atingiam Lira no bojo da extinta Operação Lava Jato. O decano ainda derrubou todos bloqueios de bens decretados contra Lira no âmbito dos processos.

Para virar lei, o projeto dependerá agora do Senado e de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Líderes do Senado travam uma guerra com Lira nos bastidores, em função da tramitação de medidas provisórias, e ainda não há previsão de como será o andamento do projeto na Casa.

A mudança poderá mudar o resultado de condenações já proferidas no passado e provocar uma onda de revisões nos tribunais. A regra do empate favorecer o réu foi alterada em 2021 pelo Supremo, por decisão do então presidente da Corte, Luiz Fux, e passou a valer apenas para habeas corpus, quando o acusado está preso e pede a liberdade. Com o projeto de Lira, porém, valerá para todos os julgamentos.

A aprovação foi articulada por Lira e líderes da Câmara em uma reunião na terça-feira, 21, na residência oficial do presidente da Casa. No mesmo dia, o plenário da Casa aprovou a urgência para o projeto, ou seja, a autorização para a aprovação do texto sem passar por nenhuma comissão, pulando etapas de uma tramitação tradicional. O texto não passou sequer pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por analisar se esse tipo de proposta é constitucional.

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), braço direito de Lira e um dos expoentes do Centrão, foi escalado para relatar a proposta e deu parecer favorável. A votação ocorreu nesta quarta-feira e foi simbólica, ou seja, sem mostrar o nome dos parlamentares favoráveis e contrários. Nenhum líder partidário se manifestou contra.

Com a mudança na lei, o Centrão quer se antecipar à aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado tem dado votos favoráveis a réus da Lava Jato. Com a saída dele, em maio, o placar tende a ficar empatado. Lula quer indicar o advogado Cristiano Zanin, que o defendeu na Lava Jato, para a vaga de Lewandowski.

Como Zanin atuou como defensor na operação, ele tende a se declarar suspeito e não participar dos próximos julgamentos. A nova lei, então, garantiria a absolvição dos réus em um placar de 5 a 5, cenário provável daqui para frente. A expectativa entre líderes da Câmara é que a lei também favoreça a aprovação de Zanin para o STF, se ele realmente for indicado por Lula para a Corte.

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