Alto número de atestados por causa de sintomas de Covid-19 desorganiza a produção industrial, aponta a Fiergs

  O Sul | 

O presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Gilberto Porcello Petry, disse nesta segunda-feira (02) que a entidade vem recebendo informações de diversas empresas gaúchas preocupadas com o alto número de atestados médicos de 14 dias decorrentes de sintomas de Covid-19 em funcionários.

“O volume de afastamentos do trabalho, especialmente nas linhas de fabricação, começa a desorganizar a produção industrial, tornando-se um novo problema decorrente da pandemia”, afirmou Petry.

Levantamento realizado pela entidade em julho, junto a 660 indústrias, mostra que 66,6% apontam para esse crescimento, e 62,8% já sentem problemas nos volumes fabricados. “O que chama a atenção é que a propagação da Covid está menor, com o avanço da vacinação no Estado, mas o número de atestados está crescendo conforme a amostragem”, destacou Petry.

O projeto Simcovid da Universidade de Rio Grande demonstra que a taxa de transmissão da Covid-19 caiu de 1,19, no final de fevereiro deste ano, para 0,92, em julho. “As grandes indústrias ainda podem contratar substitutos temporários e fazer a testagem periódica de seus funcionários, embora seja igualmente uma elevação de custos, mas as pequenas empresas, que já acumulam altos prejuízos pela pandemia, não têm essa reserva financeira, o que desorganiza os suprimentos de bens intermediários para a produção industrial como um todo”, completou o presidente da Fiergs.

GAUDÉRIO NEWS TV