Por determinação do Governo Lula, a Missão do Brasil na ONU, sob orientação do Itamaraty, deixou a Assembleia Geral antes do discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O ato, considerado um protesto diplomático sutil, foi em resposta às ações militares de Israel na Faixa de Gaza e no Líbano, conforme noticiado pelo portal G1.
A comitiva brasileira saiu do plenário de forma silenciosa, pouco antes de Netanyahu ser chamado ao púlpito. Essa retirada simboliza a reprovação às políticas israelenses, especialmente durante o conflito com o Hamas e o Hezbollah. Durante seu discurso, Netanyahu declarou que “não há nenhum lugar no Irã que Israel não possa alcançar”, provocando reações mistas de aplausos e vaias, o que levou o presidente da sessão a pedir ordem.
O protesto do Brasil incentivou uma saída em massa de outras delegações, principalmente de países árabes, que também deixaram o plenário durante o discurso. A diplomacia brasileira classificou essa ação como uma manifestação leve, mas significativa, contra as ações israelenses na região.
Na véspera, a delegação do Brasil havia participado do discurso de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). O Brasil é um dos 142 países que reconhecem a Palestina como Estado. Em resposta, Netanyahu afirmou que Israel está vencendo a guerra e continuará a combater seus inimigos, como o Irã, enquanto busca a paz.