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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Brasil é oficialmente o novo “rei do milho”

Brasil respondeu por quase 32% das exportações globais.    |     Com informações -  O Sul

Por mais de 50 anos, os agricultores dos Estados Unidos têm liderado o mercado global de milho, um componente essencial na alimentação de gado e na produção de alimentos processados em todo o mundo. No entanto, essa posição de destaque não se mantém mais. No ano-safra que terminou em 31 de agosto, os Estados Unidos perderam o título de principal exportador de milho para o Brasil, e pode ser que nunca o recuperem.

Os EUA representaram cerca de 23% das exportações mundiais de milho no último ano-safra, enquanto o Brasil respondeu por quase 32%, conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA. O Brasil está no caminho de manter a liderança no próximo ano-safra que começa em setembro.

Essa mudança é notável, considerando que, desde o governo Kennedy nos anos 1960, os EUA só perderam o primeiro lugar em exportações de milho por um único ano, em 2013, após uma seca devastadora. Foi também em 2013 que o Brasil assumiu a liderança definitivamente nas exportações globais de soja.

Vários fatores contribuíram para o Brasil superar os EUA. Os EUA enfrentam custos crescentes, escassez de terras agrícolas, efeitos duradouros da guerra comercial travada pelo ex-presidente Donald Trump com a China e um dólar forte, o que prejudica as exportações.

Atualmente, os EUA respondem por cerca de um terço das exportações globais de soja, um distante segundo lugar atrás do Brasil. No caso do milho, cerca de 40% da produção dos EUA é destinada a usinas de etanol, e essa demanda está sob ameaça devido ao aumento dos veículos elétricos.

Por outro lado, o Brasil investiu em melhorias na infraestrutura portuária e logística e, com um clima mais favorável, consegue realizar duas colheitas de milho por ano. Além disso, o país se beneficia das sólidas relações comerciais com a China.

A China, por sua vez, assinou recentemente um acordo para comprar grãos brasileiros, reduzindo sua dependência dos EUA e substituindo o fornecimento da Ucrânia, que foi afetado pela invasão russa. O primeiro envio de milho do Brasil sob esse novo acordo ocorreu em novembro. Em julho, a China já se tornou o principal destino das exportações de milho brasileiro, com a compra de 902 mil toneladas.

Essa interdependência com a China também se estende a investimentos em infraestrutura e tecnologia que fortalecem ainda mais os laços entre os dois países, que são membros fundadores do grupo BRICS.

“No curto prazo, não parece provável que as relações diplomáticas entre os EUA e a China melhorem significativamente, o que, quer gostemos ou não, coloca a agricultura dos EUA em desvantagem”, afirmou Even Pay, analista agrícola da Trivium China, uma consultoria política em Pequim.

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