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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Brasil esquece apoio dos Estados Unidos à Lula, reclamam diplomatas americanos

Declarações de Lula durante a viagem ao oriente, como a que ele deu sobre a moeda do Banco dos Brics para não depender do dólar, desagradaram os americanos           |          Foto: Ricardo Stuckert/PR          |            O Sul

O Brasil, ao ficar mais ao lado de China e Rússia, está esquecendo cedo demais o apoio dos Estados Unidos (EUA) à democracia brasileira e à eleição do presidente Lula. A avaliação, em tom de reclamação, é de funcionários e diplomatas norte-americanos diante dos acenos feitos pelo Brasil aos governos chinês e russo – e das críticas na direção dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (17), em mais um ato visto pelo governo dos EUA como um posicionamento a favor da Rússia, o governo brasileiro vai receber o ministro das Relações Exteriores de Vladimir Putin, Sergei Lavrov. A reunião tem potencial para elevar ainda mais a insatisfação americana com o governo Lula.

Em seu giro pela China e Emirados Árabes, Lula deu declarações que deixaram insatisfeitos os Estados Unidos. Entre elas estão as críticas em tom enfático à hegemonia do dólar no comércio internacional, a defesa dos interesses chineses no embate com os Estados Unidos sobre Taiwan, e as falas em que o presidente brasileiro atribuiu responsabilidade pela guerra da Rússia na Ucrânia aos Estados Unidos e à Europa e ainda disse que a vítima, Ucrânia, também é responsável pelo conflito.

Além disso, nesta segunda-feira o Brasil está recebendo a visita oficial do chanceler russo Sergey Lavrov, num segundo passo avaliado pelo governo de Joe Biden como um desequilíbrio nas relações entre os dois países.

Diplomatas americanos lembram que o Itamaraty sempre se pautou pela “neutralidade” nas relações conflituosas, mas que agora, com Lula, está se alinhando mais à Rússia e China.

Funcionários do governo dos Estados Unidos fazem questão de lembrar que, quando Bolsonaro fez ataques golpistas à democracia brasileira, questionando uma eleição de Lula, quem se expôs e defendeu o Brasil foram os EUA, de forma explícita – enquanto China e Rússia ficaram em silêncio.

Segundo esses funcionários, isso mostra como o governo brasileiro estaria demonstrando “ingratidão” com um parceiro que foi essencial na luta pela democracia brasileira.

Banco dos Brics

Uma das falas de Lula que mais desagradou os diplomatas americanos foi feita durante a cerimônia de posse de Dilma Rousseff (PT) como presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), em Xangai, na quinta-feira, 13 (quarta, 12, no Brasil).

Na oportunidade, Lula questionou “porque que um banco como o Brics não pode ter uma moeda que pode financiar a relação comercial entre Brasil e China, entre Brasil e outros países do Brics? É difícil porque tem gente mal-acostumada porque todo mundo depende de uma única moeda. Eu acho que o século 21 pode mexer com a nossa cabeça e pode nos ajudar, quem sabe, a fazer as coisas diferentes”, disse.

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