Apesar da queda de aproximadamente 60% das principais criptomoedas em 2022 ter causado certo desânimo em investidores interessados na classe de ativos, sua adoção segue em níveis otimistas, conforme aponta um estudo divulgado pela Chainalysis nesta semana. Na América Latina, o Brasil se destaca em nº1.

A terceira edição do Global Crypto Adoption Index, ou “Índice Global de Adoção Cripto” em português, colocou o Brasil em sétimo lugar no mundo entre os países que mais adotaram as criptomoedas em 2022. Da América Latina, o país é o mais bem posicionado no ranking, subindo sete posições desde a última edição da pesquisa.

Nos primeiros lugares, ficam Vietnã, Filipinas, Ucrânia, Índia, Estados Unidos e Paquistão, respectivamente.

A justificativa para o aumento de posições do Brasil, segundo a instituição, está atrelada ao alto volume de valores recebidos por serviços centralizados (negociações de criptoativos) — em detrimento do baixo volume de transações peer-to-peer (P2P), rede de compartilhamento de arquivos. A Chainalysis afirma ainda que o comércio P2P representa uma fração significativa de todas as criptomoedas utilizadas nos mercados emergentes.

A pesquisa também mostra que a adoção global das moedas digitais teve sua maior alta de todos os tempos no segundo trimestre de 2021, e, desde então, tem sofrido muitas altas e baixas. Os últimos dois trimestres sofreram quedas enquanto o mercado de cripto adentra o bear market, período marcado pela queda frequente nos preços.

Em relação às demais posições, o Vietnã permanece em primeiro lugar, seguido pelas Filipinas e pela Ucrânia. Apenas duas das vinte nações analisadas, os Estados Unidos e o Reino Unido, são classificadas como nações de alta renda. Os outros dezoito países são classificados como economias de renda média baixa e média alta.

Veja a lista completa dos vinte países que mais adotam criptomoedas:

1. Vietnã
2. Filipinas
3. Ucrânia
4. Índia
5. Estados Unidos
6. Paquistão
7. Brasil
8. Tailândia
9. Rússia
10. China
11. Nigéria
12. Turquia
13. Argentina
14. Marrocos
15. Colômbia
16. Nepal
17. Reino Unido
18. Equador
19. Quênia
20. Indonésia

Desenvolvido pela Chainalysis, empresa norte-americana de análise em blockchain, o estudo utiliza uma metodologia exclusiva para determinar o nível de adoção da tecnologia blockchain e das criptomoedas em 154 países.

A justificativa apontada no estudo para a rápida escalada do Brasil no ranking, segundo a instituição, está ligada ao o alto volume de valores recebidos por serviços centralizados em detrimento do baixo volume de transações peer-to-peer (P2P).

A Chainalysis afirma ainda que o comércio P2P representa uma fração significativa de todas as criptomoedas utilizadas nos mercados emergentes, que dominam as primeiras posições.

“Esses países dominam o índice de adoção, em grande parte porque a criptomoeda oferece benefícios únicos e tangíveis para pessoas que vivem em condições econômicas instáveis”, justifica a pesquisa.

“Os usuários em países de renda média baixa e média alta geralmente confiam em criptomoedas para enviar remessas, preservar suas economias em tempos de volatilidade da moeda fiduciária e atender a outras necessidades financeiras exclusivas de suas economias”, acrescenta o documento.

Citando o padrão de classificação do Banco Mundial, o estudo separou os 20 primeiros colocados no ranking entre “renda média baixa”, “renda média alta” e “alta renda”. No último grupo, se enquadram apenas Estados Unidos e Reino Unido. O Brasil é classificado como “renda média alta”.

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