A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy na última quarta-feira (25), quase sete meses após seu desaparecimento. O cadáver foi localizado enterrado no quintal da casa de um ex-funcionário da família, em Petrópolis. A identificação foi realizada por meio de exames odontológicos, e os resultados foram divulgados na quinta-feira (26).
A defesa do ex-funcionário afirma que o crime foi orquestrado em colaboração com o marido da vítima, de 78 anos. A advogada do acusado alegou que o sequestro foi uma encenação para encobrir o assassinato, motivado por questões familiares. Em contrapartida, a defesa de Benjamin nega qualquer participação, descrevendo as acusações como “cruéis e desesperadas”.
Anic desapareceu no final de fevereiro, após ser vista deixando um shopping. Poucos dias depois, seu marido recebeu mensagens de sequestro, exigindo R$ 4,6 milhões como resgate, enviadas do celular da advogada. O caso foi reportado à polícia apenas duas semanas depois, quando a filha do casal gravou uma conversa suspeita entre Benjamin e o ex-funcionário.
A investigação resultou na prisão de quatro pessoas, incluindo o ex-funcionário, seus filhos e uma mulher com quem ele se relacionava. A polícia descobriu que o ex-funcionário adquiriu uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e 950 celulares com parte do dinheiro do resgate, sem nunca ter pago aos supostos sequestradores.
