21.5 C
Rio Grande do Sul
sábado, setembro 21, 2024
HomeBrasil&MundoCorrida por vaga no Supremo expõe racha entre advogado e compadre de...

Corrida por vaga no Supremo expõe racha entre advogado e compadre de Lula

Um dos principais cotados para assumir em maio a vaga do ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF), | O Sul

Um dos principais cotados para assumir em maio a vaga do ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin enfrenta um impasse familiar que criou embaraços em sua campanha para chegar à Corte. Rompido desde o ano passado com seu sogro, o também advogado Roberto Teixeira, Zanin viu a crise da família se tornar combustível para opositores de sua candidatura e motivar a divulgação de uma “carta de solidariedade” em reação à fritura.

Teixeira é aliado de longa data e padrinho do filho mais velho do presidente Lula, além de ter sido responsável pela indicação de Zanin para a defesa do petista na Lava-Jato.

A relação entre Zanin e Teixeira se deteriorou no primeiro semestre de 2022, e o advogado desfez a sociedade com o sogro para fundar seu próprio escritório junto com a mulher, Valeska Teixeira Martins, em agosto. O atrito, até então motivado por questões pessoais, logo ganhou contornos profissionais devido a uma disputa por honorários advocatícios avaliados em R$ 9,1 milhões. O valor é fruto de um processo no qual a Rede 21, emissora de TV defendida pela antiga banca que unia Teixeira e Zanin, cobra indenização da Igreja Universal do Reino de Deus por inadimplência e quebra de contrato, relativos à venda de horários na programação.

Em setembro do ano passado, após o fim da sociedade, os novos escritórios de Zanin e do sogro passaram a pleitear acesso aos honorários nos autos do processo, que corre na 21ª Vara Cível de São Paulo. O escritório de Teixeira alegou que a “retirada unilateral” de Zanin e Valeska da sociedade impede o recebimento integral dos “honorários que são devidos”. O casal de advogados, por sua vez, classificou as petições como “absurdas e antijurídicas”, e argumentou que Teixeira e seus sócios buscavam “enriquecer indevidamente às custas de trabalho desempenhado exclusivamente” por Zanin.

Ao refutar o raciocínio de que Zanin teria desempenhado atuação “personalíssima” no caso, o escritório de Teixeira alegou que a banca formada por seu genro e filha sequer poderia seguir atuando na ação em questão, devido a uma cláusula de não competição com sua antiga sociedade.

- Publicidade -

Mais populares

Feito com muito 💜 por go7.com.br