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sexta-feira, maio 17, 2024
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Crise Climática Devasta o Rio Grande do Sul: Mais de 200 Municípios Afetados por Chuvas Extremas

Governador Adverte sobre 'Maior Desastre Climático' do Estado, com Dezenas de Mortos e Milhares Desabrigados enquanto Rios Transbordam e Sistema de Contenção é Desafiado

O Rio Grande do Sul vivenciou nesta sexta-feira (3) o quarto dia consecutivo de intensas chuvas, desencadeando o que o governador Eduardo Leite (PSDB) descreveu como o “maior desastre climático” do estado. Mais de 200 municípios foram impactados, resultando em um trágico saldo de pelo menos 39 vidas perdidas, 68 pessoas desaparecidas e mais de 30 mil deslocadas de suas residências.

O rio Guaíba, um dos principais cursos d’água gaúchos, ultrapassou a marca dos 3,7 metros, alcançando seu nível mais alto desde a histórica inundação de 1941. As ruas do centro da capital e a estação rodoviária foram completamente inundadas. Esses eventos extremos destacam a crescente influência das mudanças climáticas na região, com um aumento significativo no número de dias de chuvas intensas.

Os dados históricos, calculados com base nas médias de variáveis meteorológicas ao longo de três décadas consecutivas, revelam o agravamento dos extremos climáticos em Porto Alegre. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) identificou um aumento constante no número de dias com precipitações acima de 50 milímetros desde 1961.

Entre 2011 e 2020, Porto Alegre registrou 66 dias com precipitação superior a 50 mm, sendo 8 desses dias com mais de 80 mm e 2 com mais de 100 mm. Esses números representam um aumento significativo em comparação com décadas anteriores, refletindo a tendência global de eventos climáticos mais extremos devido à crise climática.

O relatório de 2022 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU destaca que tais extremos estão desafiando a resiliência dos ecossistemas e das comunidades humanas, com potenciais consequências irreversíveis.

Com a previsão de que o rio Guaíba atinja a marca de 5,5 metros até sábado (4), quase o dobro da cota de inundação, há temores de um possível colapso do sistema de contenção contra cheias da cidade. Esse sistema, que inclui comportas, muros e bombeamento de água, é crucial para impedir uma catástrofe ainda maior.

Porto Alegre, ao se expandir em direção ao Guaíba ao longo dos anos, tornou-se mais vulnerável a eventos climáticos extremos. Sua localização geográfica, abaixo de importantes rios e regiões, aumenta o risco de inundações, especialmente quando há chuvas intensas em áreas vizinhas, como a região central do estado.

A atual situação, com as águas do Guaíba atingindo níveis alarmantes, é um lembrete sombrio dos desafios crescentes enfrentados não apenas pelo Rio Grande do Sul, mas por todo o mundo, diante das mudanças climáticas.

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