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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Deltan Dallagnol Critica Alexandre de Moraes e Defende Impeachment: “Caso é Mil Vezes Pior que Lava Jato”

Ex-procurador da Lava Jato reage à denúncia de que ministro utilizou o TSE para investigar aliados de Bolsonaro, alegando conluio e justificando pedido de impeachment.

O ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, se pronunciou após uma matéria da Folha de S.Paulo revelar que o ministro Alexandre de Moraes teria utilizado a estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar apoiadores de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dallagnol classificou o caso como “mil vezes pior” do que as conversas vazadas em 2019 entre promotores e o ex-juiz Sergio Moro, durante a Operação Lava Jato. Ele argumentou que, enquanto na Lava Jato se alegava um suposto conluio entre juiz e procurador, no caso atual, além de comprovado, “juiz e procurador eram uma só e única pessoa”, referindo-se ao papel de Moraes tanto no TSE quanto no STF. Segundo Dallagnol, essas novas revelações justificam um pedido de impeachment contra o ministro.

Entenda o caso:

Durante o período em que Alexandre de Moraes presidiu o TSE, seu gabinete no STF teria usado, de forma não oficial, a estrutura do TSE para elaborar relatórios sobre aliados de Bolsonaro. A Folha de S.Paulo obteve diálogos que indicam que esses relatórios foram utilizados para fundamentar decisões no inquérito das fake news, conduzido pelo STF.

As mensagens analisadas cobrem o período de agosto de 2022 a maio de 2023 e mencionam, entre outros, o juiz instrutor Airton Vieira, assessor de Moraes no STF, e Eduardo Tagliaferro, responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.

Segundo o jornal, não há indícios de que os relatórios foram solicitados oficialmente por Moraes ou seu gabinete. Em alguns casos, os pedidos teriam sido feitos por juízes auxiliares do TSE ou surgido como denúncias anônimas.

Um exemplo dos diálogos envolve o jornalista Rodrigo Constantino. Um assessor de Moraes compartilhou no WhatsApp um pedido para analisar as mensagens de Constantino sobre o TSE. O assessor teria solicitado um relatório ao TSE e informado que as decisões subsequentes seriam tomadas pelo STF.

A Folha de S.Paulo tentou entrar em contato com Moraes e seus assessores mencionados nos diálogos, mas não obteve resposta.

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