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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Desmatamento na Amazônia triplica em março, aponta Imazon

Segundo relatório, essa devastação só não foi maior do que a registrada no mesmo mês de 2021. Amazonas registrou o maior aumento da devastação em março.   |     Jornal Nacional

Foram quase mil campos de futebol de vegetação nativa destruídos por dia. Março encerrou um trimestre de intensa devastação na Amazônia.

“A gente vem, desde 2019, numa onda de desmatamento crescente e isso se mantém nesse início de 2023”, conta o co-fundador do Instituto Do Homem E Meio Ambiente Da Amazônia (Imazon) Beto Veríssimo, cofundador do Imazon.

Foi a segunda maior onda de destruição já registrada entre janeiro e março, desde o início da série histórica do Imazon, em 2008. Só ficou abaixo de 2021, quando 1.185km² de floresta foram destruídos.

“O desmatamento não é um fenômeno imediato, ele é um processo que tem um ciclo longo. Vamos dizer que esse desmatamento que estamos verificando agora, ele foi contratado antes. O processo de desmatamento leva meses, entre ocupar a área, preparar e finalmente desmatar”, explica Beto.

Dados de satélite revelam que, metade de todo o desmatamento da Amazônia está concentrada em 17 municípios da região, principalmente nos estados de Mato Grosso e do Amazonas.

O Ministério do Meio Ambiente confirmou o plano de zerar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030. Para isso, retomou um projeto de prevenção e controle do desmatamento, mobilizando ao todo 12 ministérios.

O principal órgão de fiscalização ambiental do governo alega não dispor atualmente de fiscais em quantidade suficiente para combater o desmatamento na linha de frente. O Ibama conta com apenas 300 agentes para reprimir os mais diversos crimes ambientais em todo o território nacional.

“Nós temos hoje um déficit de mais de 2,5 mil pessoas dentro do Ibama, são pessoas que se aposentaram ao longo do tempo e não teve reposição”, diz o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

O presidente do Ibama aguarda a realização de concurso para novos servidores. Enquanto isso, a solução é concentrar o trabalho nas áreas mais desmatadas.

“Nós estamos trabalhando agora de forma cirúrgica nesses municípios com autuações, embargos, que é a proibição de atividades nessas áreas desmatadas ilegalmente, com inclusive proibição de contratação de financiamento. O Ibama vai trabalhar muito para que a gente possa reduzir esses números nos próximos meses”, afirma Rodrigo.

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