Uma pequena frota de ataque naval da Rússia chegou à Venezuela nesta terça-feira, 2, após uma visita a Cuba. Moscou, que já tem os cubanos como aliados, também apoia o ditador venezuelano Nicolás Maduro, adversário dos Estados Unidos. A Venezuela realizará eleições presidenciais em 28 de julho.
A flotilha é composta por embarcações da Frota do Norte da Rússia, localizada no Ártico, incluindo o submarino nuclear Kazan e a fragata Almirante Gorchkov, ambos equipados com mísseis hipersônicos Tsirkon e de cruzeiro Kalibr, usados pela Rússia no conflito na Ucrânia.
Os navios atracaram na costa da região de La Guaira, ao norte da capital venezuelana, Caracas. Na terça-feira, apenas a fragata e o navio-tanque chegaram. Segundo a agência de notícias RIA Novosti, não se sabe quanto tempo durará a missão russa na região.
No passado, Moscou e Caracas mantinham uma relação mais estreita, especialmente durante o mandato de Hugo Chávez. A Venezuela foi o principal cliente militar da Rússia na região, comprando uma variedade de armas, desde rifles Kalachnikov até aviões de guerra Sukhoi Su-30.
A instabilidade econômica na Venezuela afetou os acordos militares com a Rússia, que incluíam a empresa estatal Rosneft. Especialistas questionam a manutenção e acessibilidade das armas compradas devido a problemas de manutenção.
Venezuela Recebe Visitas de Navios Russos
A Venezuela recebe visitas regulares de navios russos, mas há muito tempo não recebia uma flotilha tão significativa. Para Moscou, isso representa uma demonstração simbólica de sua capacidade de projeção de poder, garantida pelo arsenal de mísseis intercontinentais.
Com Putin enfrentando o Ocidente na crise ucraniana, o envio de navios de guerra para o Caribe é uma exibição de força. Esse movimento ocorreu após os Estados Unidos autorizarem Kiev a usar armas contra o território russo, intensificando a tensão.
Maduro vê na presença russa um reforço de apoio em meio à disputa presidencial, onde adversários foram encarcerados ou impedidos de concorrer. Isso indica que o regime não está isolado.
Embora a Rússia esteja presente, Maduro afirmou estar preparado para dialogar com os EUA para encerrar as sanções ao setor de petróleo, reintroduzidas por Washington em abril. O efeito da visita russa nesse processo ainda é incerto. As informações são da Revista Oeste.
