Golpes do PIX: conheça os principais tipos e se previna

O PIX surgiu em 2020, como uma grande "mão na roda" para as transferências bancárias.

O PIX surgiu em 2020, como uma grande “mão na roda” para as transferências bancárias. É rápido (transferência instantânea), prático e sem custos, ao contrário das modalidades TED e DOC – embora haja boatos de que o atual governo pretenda taxar o PIX. Pode ser utilizado em transações financeiras entre pessoas físicas, entre pessoas jurídicas (empresas) e entre pessoas físicas e jurídicas. A modalidade PIX pode ser utilizada durante 24 horas por dia, inclusive em fins de semana e feriados, e o valor transferido cai na conta do destinatário na hora em que é enviado.
Porém, se o PIX trouxe facilidade, também vieram os “golpes”, pessoas oportunistas querendo se aproveitar dos incautos, desprevenidos ou desinformados.
A Serasa calcula que são cerca de 136 milhões de chaves PIX cadastradas de usuários até fevereiro de 2023. Em seu site, citou alguns dos principais meios utilizados para tentar enganar pessoas e empresas através do PIX, confira três deles:
Golpe do cadastro PIX
 
Este golpe remonta ao surgimento do PIX, em novembro de 2023. A pessoa recebe SMS, e-mails ou mensagens em redes sociais e aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram, de falsas instituições financeiras que convidam tal usuário a cadastrar chaves PIX para ativar recebimentos e pagamentos. Os textos são persuasivos, em geral, e, clicando nos links enviados, a vítima é levada a sites falsos, com layout igual ou muito semelhante ao dos originais dos bancos. Basta preencher um falso cadastro com as supostas chaves PIX e seus dados pessoais.
Não bastando o não cadastramento de qualquer chave PIX neste golpe, os criminosos têm acesso aos dados pessoais para fraudar a pessoa que preencheu seus dados.
Golpe do PIX agendado errado ou agendado
Estes ardilosos golpes são frequentes: no PIX errado, os golpistas forjam um comprovante de transferência através do PIX de uma instituição bancária ou financeira, enviando-o ao usuário por WhatsApp ou e-mail. Estranhando sobre a que se refere o depósito, o consumidor é informado pelos fraudulentos de que errou ao realizar o PIX. Estes, então, solicitam que a vítima faça o reembolso do valor para sua conta. É claro que nenhum valor novo caiu em conta, e os criminosos fazem com que o consumidor desatento pague a quantia solicitada.
Já no golpe do PIX agendado, semelhante ao anterior, os fraudadores agendam uma transferência para uma das contas da vítima e entram em contato para avisar que cometeram um erro, pedindo reembolso. Se desavisada, a vítima transfere a quantia e então os golpistas suspendem o agendamento. Mais uma vez: não houve qualquer transferência, e a pessoa lesada deu seu próprio dinheiro para, supostamente, devolver aos criminosos.
Golpe do robô do PIX
Este golpe vem crescendo, infelizmente, até pelas novas tecnologias de Inteligência Artificial (IA). É um crime de estelionato em que os criminosos divulgam postagens em vários lugares, como redes sociais, aplicativos de mensagens, e-mail ou SMS, com promoções falsas. Nestas promoções, a pessoa deve efetuar um PIX com uma quantia mínima para recebê-la de volta, de forma automática, um valor até 10 vezes maior.
Uma das grandes iscas para estas ofertas golpistas é a disponibilização de (falso) retorno financeiro em criptomoedas, como Bitcoin, a mais conhecida delas.
Mas não é só isso: neste golpe, as vítimas podem ser redirecionadas a sites falsos, em que inserem dados pessoais, roubados e usados em fraudes como clonagem de cartões de crédito. Desconfie de promessas de dinheiro fácil com pagamento adiantado de alguma parcela em dinheiro.
Ainda há outros golpes do PIX, os quais se tornam cada dia mais criativos e difíceis de serem detectados ou reparados, como criminosos que ligam para a vítima e se passam por funcionários de um banco para fraudar seu dinheiro.
Se você cair em algum golpe do PIX, a Serasa deixa algumas recomendações:
“O Banco Central criou no final de 2021 o chamado mecanismo especial de devolução do Pix. Ele é específico para a restituição de valores suspeitos de falhas operacionais dos bancos ou de fraudes. Na prática, a indicação é acessar o próprio aplicativo do banco para solicitar a devolução ou entrar em contato com ele em uma das agências ou canais de atendimento. Será preciso, portanto, verificar qual é o procedimento adotado pelo banco.

Também é recomendado registrar um boletim de ocorrência para comprovar que foi vítima de crime, facilitando a análise do banco e a posterior devolução do dinheiro.

Portanto, desconfie de cobranças e contatos desconhecidos e dinheiro fácil na sua conta com PIX. 

Dicas: utilize apenas o aplicativo próprio do seu banco ou sua instituição financeira, ou os sites oficiais (cuidado com os sites clonados, com aparência idêntica); jamais informe sua senha do cartão de crédito ou sua conta bancária, lembrando sempre que a transferência por PIX exige apenas a chave cadastrada e não outras informações pessoais. Esta chave pode ser, por exemplo, seu CPF ou número de telefone, ou uma chave aleatória. Ademais, evite utilizar redes Wi-Fi públicas para transferências PIX, preferindo sua própria Internet e instalando antivírus em seus smartphones e computadores.

Para terminar, confira se o dinheiro do PIX caiu na sua conta na mesma hora, preste atenção aos QR Codes, que substituem a necessidade de inserir chave PIX, e mantenha as “antenas ligadas” para pedidos de PIX por aplicativos de mensagem, o principal deles o WhatsApp.
Cuide do seu dinheiro e dos seus dados bancários, jamais dê informações a estranhos ou pessoas que lhe causem desconfiança. Evite expor dados bancários ou de cartões de crédito em qualquer site na Internet, assim como dados pessoais. Tenha certeza de que está em um ambiente seguro, um site não clonado e confiável, falando com uma pessoa que não está se fazendo passar por quem não é, e de que é uma mensagem segura, confirmada pela instituição bancária ou financeira por seus canais oficiais.