Suspeita-se que duas organizações secretas israelenses tenham orquestrado o ataque coordenado contra o Hezbollah entre terça-feira, 17, e quarta-feira, 18, resultando em 25 mortes e mais de 600 feridos no Líbano.
De acordo com a Reuters, o Mossad e a Unidade 8200, divisões secretas de Israel, teriam trabalhado juntos para sabotar pagers e walkie-talkies adquiridos pelo Hezbollah. O grupo libanês havia começado a utilizar esses equipamentos como alternativa aos celulares, visando escapar da vigilância israelense.
Os explosivos teriam sido inseridos em 5 mil dispositivos importados pelo Hezbollah meses antes do ataque. Segundo as informações, os explosivos, leves e indetectáveis, foram acionados remotamente. Para atrair as vítimas, os pagers teriam emitido alertas segundos antes das explosões, levando os usuários a manipulá-los.
A Unidade 8200, especializada em cibersegurança e inteligência das Forças de Defesa de Israel, teria sido responsável pelo planejamento da operação, que durou mais de um ano. Já o Mossad, agência de espionagem israelense, ficou encarregado de implantar os explosivos nos dispositivos. A organização é conhecida por sua atuação na prevenção de ataques terroristas.
Em resposta ao ataque, o Hezbollah divulgou um comunicado na quarta-feira, 18, prometendo retaliar Israel. No texto, o grupo afirmou: “A resistência continuará, como sempre, suas operações em apoio a Gaza, seu povo e sua luta. No entanto, o inimigo criminoso [Israel] deve se preparar para a punição severa pelo massacre ocorrido na terça-feira”.
