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quinta-feira, setembro 19, 2024
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Pecuária brasileira atinge recorde de R$ 122,5 bilhões em 2023, impulsionada pela produção de ovos e aquicultura

Mesmo com menor crescimento percentual dos últimos cinco anos, o setor destaca avanços tecnológicos e exportações de carne bovina, frango e suína, além de novos recordes na produção de leite e mel.

O valor de produção da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) de 2023 atingiu um novo recorde, alcançando R$ 122,5 bilhões, representando um aumento de 5,4% em comparação ao ano anterior. Os produtos de origem animal somaram R$ 112,3 bilhões, com crescimento de 4,5%, enquanto a aquicultura registrou R$ 10,2 bilhões, uma alta de 16,7%. Esses dados foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora o aumento total de 5,4% seja positivo, ele representa o menor crescimento percentual dos últimos cinco anos. O principal destaque foi a produção de ovos de galinha, que teve uma alta de 17,3%, totalizando R$ 30,4 bilhões, um incremento de R$ 4,5 bilhões em relação ao ano anterior. A aquicultura também se destacou, com um aumento de R$ 1,5 bilhão em comparação a 2022.

Em 2023, o Brasil registrou exportações recordes de carnes bovina, de frango e suína in natura, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior. A China foi o principal destino da carne bovina, adquirindo 59,6% das exportações, embora o volume tenha sido 3,4% menor em relação a 2022. No setor leiteiro, houve um aumento de 87% nas importações de leite, totalizando 199,2 mil toneladas. Essa alta nas importações, juntamente com uma demanda interna mais fraca, resultou na queda do preço médio pago ao produtor, que passou de R$ 2,31 por litro, em 2022, para R$ 2,27 por litro, em 2023.

A pecuária bovina brasileira entrou em um novo ciclo. A tendência de retenção de fêmeas para reprodução, observada nos últimos anos, começou a diminuir. Em 2023, houve um aumento no abate de fêmeas devido à queda no preço da arroba do boi. Apesar disso, o rebanho bovino atingiu um recorde de 238,6 milhões de cabeças, uma alta de 1,6%.

Destaques estaduais Mato Grosso manteve a liderança com o maior rebanho estadual, representando 14,2% do total nacional, com 34 milhões de animais, uma queda de 0,7% em relação a 2022. O Pará ficou em segundo lugar, com 25 milhões de cabeças, um aumento de 1%. Goiás ocupou a terceira posição, seguido por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Juntos, esses cinco estados concentraram 52% do rebanho bovino do Brasil.

No ranking municipal, São Félix do Xingu, no Pará, liderou novamente, apesar de uma queda de 2,8%, com um rebanho de 2,5 milhões de cabeças. Corumbá, em Mato Grosso do Sul, ficou em segundo lugar, com 2,2 milhões de animais, uma alta de 8,5%. Porto Velho, em Rondônia, ficou em terceiro, com 1,8 milhão de bovinos.

Tecnologia na produção A produção de leite também bateu recorde em 2023, chegando a 35,4 bilhões de litros, mesmo com uma redução no número de vacas ordenhadas, que caiu 0,1%, totalizando 15,7 milhões. Esse aumento na produção com menos vacas reflete os avanços tecnológicos no setor, especialmente em genética e manejo do rebanho.

O efetivo de galináceos atingiu 1,6 bilhão de cabeças, um crescimento de 0,6%, sendo 263,5 milhões de galinhas, um aumento de 2,4%. A produção de ovos de galinha continuou sua trajetória ascendente, atingindo 5 bilhões de dúzias em 2023, um recorde histórico.

A suinocultura apresentou uma redução de 3,1%, com um total de 43 milhões de animais. Por outro lado, a produção de mel chegou a 64,2 mil toneladas, um novo recorde.

Na aquicultura, a produção de peixes aumentou 5,8%, totalizando 655,3 mil toneladas. A Região Sul foi a maior produtora, responsável por 34,7% do total nacional, seguida pelas regiões Nordeste e Sudeste, que superaram a Região Norte.

No setor de caprinos, o efetivo cresceu 4%, atingindo 12,9 milhões de animais, enquanto os ovinos aumentaram 1,3%, somando 21,8 milhões. Esses são os maiores números já registrados para essas criações. A Região Nordeste foi a principal responsável pelo crescimento, concentrando 96% dos caprinos e 71,2% dos ovinos do país.

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