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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Petrobras registra primeiro prejuízo em quase quatro anos, com perdas de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre

Impacto de perdas cambiais e acordo bilionário com a União pesam no balanço da estatal, apesar de efeitos contábeis minimizarem impacto no caixa.

A Petrobras (PETR3; PETR4) surpreendeu o mercado ao divulgar um prejuízo líquido consolidado de 2,6 bilhões de reais no segundo trimestre, marcando o primeiro prejuízo desde o terceiro trimestre de 2020, quando registrou perdas de 1,7 bilhão de reais. A empresa atribuiu os resultados negativos a dois principais fatores: o impacto das perdas cambiais e o acordo firmado com a União em junho, que visou resolver disputas judiciais sobre dívidas tributárias estimadas em 45 bilhões de reais.

O acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda e a Receita Federal garantiu à Petrobras um desconto de até 65% na dívida, que poderá ser quitada em sete parcelas. A adesão ao acordo foi formalizada em 20 de junho. Segundo a Petrobras, os impactos desses fatores são “majoritariamente contábeis”, o que significa que não envolvem desembolsos de caixa imediatos. No entanto, o acordo com a União teve um efeito negativo de 11,6 bilhões de reais no balanço da empresa.

Para minimizar o impacto do prejuízo anunciado na quinta-feira, 8 de agosto, a Petrobras defendeu que o acordo com o governo foi “uma decisão avaliada positivamente pelo mercado”, pois encerrou disputas bilionárias que geravam grande incerteza para o caixa da empresa.

As perdas cambiais somaram 18,7 bilhões de reais, com a Petrobras destacando que o real se desvalorizou 11,2% no segundo trimestre de 2024, comparado a uma desvalorização de 3,2% no primeiro trimestre (o câmbio passou de R$ 5,00/US$ em 31/03/2024 para R$ 5,56/US$ em 30/06/2024).

Apesar de esses fatores terem tido um impacto mínimo no caixa da Petrobras, a empresa ainda registrou uma queda de 17% na geração de caixa, medida pelo Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), em relação ao primeiro trimestre, totalizando 50 bilhões de reais.

A Petrobras informou que a redução do Ebitda foi influenciada por “menores margens de diesel e gasolina, aumento das importações e de itens não recorrentes, com destaque para os efeitos do acordo de trabalho de 2023 e da adesão à transação tributária”. A empresa acrescentou que “esses efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento das receitas com exportações, principalmente devido à valorização do Brent”.

A estatal ressaltou que, excluindo os itens mencionados e a desvalorização do real frente ao dólar, o lucro líquido teria alcançado 28 bilhões de reais, enquanto o Ebitda ajustado seria de 62,3 bilhões de reais.

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