A Polícia Civil já identificou “indícios de autoria” do assalto que resultou na morte de dois professores universitários em Mato Castelhano, no norte do Estado, na madrugada de quinta-feira (25). A declaração foi feita pelo chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta sexta-feira (26). Segundo ele, é possível apontar suspeitos do crime.
— Temos ótimos indicativos e acredito que em breve poderemos avançar nas investigações e comunicar à sociedade. Inicialmente, há dois suspeitos identificados, mas há possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas — disse Sodré.
Os criminosos chegaram em um Fiat Uno e fugiram em um Fusion Preto, o que sugere que outra pessoa pode ter participado do crime, ajudando na fuga.
Para não prejudicar as investigações, Sodré não forneceu muitos detalhes, mas informou que as equipes da polícia estão buscando imagens de câmeras de segurança em estradas próximas, uma vez que o hotel não possuía monitoramento, o que complicou a identificação dos suspeitos.
— O hotel e a cidade não têm câmeras de segurança, então estamos focados na busca de imagens nas estradas próximas. Embora não possa compartilhar muitos detalhes para não comprometer a investigação, estamos fazendo um trabalho minucioso e acredito que em breve poderemos informar à sociedade sobre os avanços e efetuar as prisões dos responsáveis — afirmou.
Relembre o caso
De acordo com informações do 3º Regimento de Polícia Montada (3°RPMon), dois assaltantes estavam hospedados no Hotel Romanttei e, por volta das 3h de quinta-feira, renderam hóspedes, funcionários e a proprietária do estabelecimento.
Os reféns foram amarrados em um cômodo, enquanto a proprietária foi levada para uma sala separada para realizar transferências via Pix aos criminosos, que não foram concluídas.
Os professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Fabiano Fortes e Felipe Turchetto, chegaram ao hotel com um grupo de 15 estudantes e mais um docente no momento do assalto e foram baleados.
Embora haja um posto da Brigada Militar a poucos metros do hotel, nenhum agente de segurança estava presente no local durante o crime, conforme relatado pelo coronel e comandante regional Marco Moraes.