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Prejuízo Bilionário no Postalis: Fundo de Pensão dos Correios Acumulou R$ 15 Bilhões em Perdas

Investigações revelam que operações entre 2011 e 2016, durante o governo Dilma Rousseff, foram responsáveis por prejuízos significativos; aposentados e pensionistas enfrentam cortes em seus benefícios

O Postalis, fundo de pensão dos Correios, sofreu um prejuízo considerável devido a operações realizadas entre 2011 e 2016, durante o governo de Dilma Rousseff. O jornal O Estado de S. Paulo divulgou essa informação em seu editorial de quinta-feira, 22.

A administração atual dos Correios recentemente firmou um acordo com o Postalis para reconhecimento de dívida, comprometendo-se a pagar R$ 7,6 bilhões, que representam metade das perdas acumuladas de R$ 15 bilhões. O jornal revelou que R$ 9,1 bilhões dessas perdas foram ocasionados por despesas durante o governo do PT.

“O volume de recursos desperdiçados em negócios mal administrados e fraudes no Postalis é impressionante”, afirmou o Estadão. O déficit do Postalis é superior ao patrimônio total de 225 dos 236 membros da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

De acordo com a publicação, aposentados e pensionistas, que não têm culpa pelos problemas, terão que arcar com a outra metade do prejuízo, com descontos que podem ultrapassar um terço dos seus benefícios.

Os beneficiários do Postalis não são os únicos a enfrentar dificuldades. Membros do Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, e do Funcef, ligado à Caixa Econômica Federal, também experimentaram reduções em seus benefícios devido a perdas acumuladas, muitas vezes relacionadas a interesses políticos durante o governo petista.

O Estadão aponta que, por exemplo, os Correios foram fortemente influenciados pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e pelo então Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). A má administração no Postalis deteriorou a situação a ponto de novas adesões ao fundo serem suspensas.

Entre as grandes entidades apoiadas por empresas estatais, apenas a Previ, patrocinada pelo Banco do Brasil, conseguiu evitar um declínio significativo. No entanto, a Previ também participou de projetos alinhados com os interesses do “lulopetismo”, como a Sete Brasil, que teve prejuízos bilionários e não cumpriu suas promessas.

O Estadão critica a administração do Postalis durante o governo Dilma Rousseff, mencionando que em 2014 o fundo vendeu títulos da dívida pública brasileira e comprou títulos da Venezuela e da Argentina, um negócio considerado arriscado.

Intervenção e Privatização

A intervenção no Postalis ocorreu no final de 2017, sob a administração de Michel Temer, após investigações apontarem má gestão e fraude no fundo. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) continuou investigando irregularidades, aplicando multas que excederam R$ 21 milhões para os acusados.

A intervenção se estendeu até dezembro de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, quando o interventor da Previc foi substituído por um general. O Estadão observou que tanto o governo de Bolsonaro quanto o de Lula não demonstraram um compromisso genuíno em corrigir os problemas do Postalis.

Durante a gestão de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, ministro da Economia, incluiu os Correios na lista de empresas estatais a serem privatizadas. No entanto, a privatização foi interrompida por Lula ao assumir seu terceiro mandato.

A matéria do Estadão ressalta que a estatal dos Correios é atualmente deficitária e, durante as gestões anteriores do PT, enfrentou congelamento das tarifas postais. Isso foi uma prática comum durante o governo de Dilma Rousseff, que também regulou preços de combustíveis e eletricidade, resultando em pressões inflacionárias de longo prazo cujos impactos ainda são sentidos.

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