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segunda-feira, maio 20, 2024
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Presidente da Câmara dos Deputados tenta emplacar seu advogado como ministro do Tribunal Superior do Trabalho após Lula indicar o seu ao Supremo

Partidos do Centrão iniciaram um movimento para lotear o Judiciário.    |     O Sul 

Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar seu advogado Cristiano Zanin Martins para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), partidos do Centrão iniciaram um movimento para lotear o Judiciário. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se movimenta para também colocar seu advogado no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A briga por vagas inclui ainda o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e uma segunda vaga no Supremo, que ainda nem foi aberta, mas já é alvo de cobiça do PT, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do senador Renan Calheiros (MDB-AL), líder da maioria no Senado.

O palco de enfrentamento mais recente surgiu na vaga no TST, reservada para representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aberta com a aposentadoria do ministro Emmanoel Pereira. Em agosto, sai a lista com os seis nomes mais votados pelos conselheiros federais para a Corte trabalhista. Depois disso, os 26 atuais ministros do TST fazem uma votação da qual saem três nomes mais votados para que um deles seja nomeado por Lula.

De acordo com o Estadão, Lira apelou ao presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, pela viabilização do advogado alagoano Adriano Avelino, que advoga para ele e para sua família em questões trabalhistas, enquanto Calheiros defende o nome de outro conterrâneo: Fernando Paiva, ex-conselheiro federal da OAB.

Lira disse que “tem dois amigos nessa lista (da OAB para o TST)”, em referência a Avelino e Paiva. Porém, o deputado ressaltou que não tem preferência pelo avanço de nenhum dos dois, que chamou de “dois excelentes advogados”. Segundo o jornal, contudo, ele tem atuado pessoalmente em defesa de Avelino.

“Advogo para ele (Lira) e o pai (Benedito de Lira), mas isso não se mistura com a parte política. Se eu chegar à lista tríplice, claro que o presidente da Câmara tem compromissos com várias bancadas, então não estou contando com apoio político nenhum. Minha preocupação hoje é entrar na lista sêxtupla”, afirmou Avelino.

Com mais cargos acumulados ao longo da história na OAB do que seu conterrâneo, Paiva – o candidato de Renan – é tratado como um dos candidatos preferidos de Felipe Sarmento, decano do conselho federal da OAB e um dos principais puxadores de votos entre os conselheiros.

O decano do conselho também apoia a advogada sergipana Roseline Morais e o mineiro Antônio Fabrício de Matos Gonçalves. Ex-presidente da OAB de Minas Gerais, Gonçalves chega à disputa ainda com a preferência do presidente do Senado e de Felipe Santa Cruz (PSD), ex-presidente nacional da OAB e próximo a caciques de esquerda no Congresso.

Reforçados pelos padrinhos políticos no Congresso, Avelino, Paiva e Gonçalves são considerados fortes candidatos para entrar na lista sêxtupla votada no Conselho Federal dos advogados e posteriormente na lista tríplice definida pelos ministros do TST. A escolha final é do presidente Lula. Mas outro candidato forte é o advogado Emmanoel Campelo Pereira, filho do próprio ministro que se aposentou.

Com o apoio do PT e de grupos de esquerda contra o que consideram uma lista “conservadora”, também tenta se viabilizar o advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, defensor da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Queda de braço

Ex-conselheiro federal da OAB, Pacheco também entrou em disputa com o PT por vaga no STJ, reservada aos advogados, aberta com a aposentadoria do ministro Félix Fischer. O presidente do Senado trabalha pela nomeação de seu ex-assessor jurídico Luís Cláudio Chaves. Porém, ele enfrenta a preferência de petistas pela advogada Daniela Teixeira, apoiada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, e pelos ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). Ela também é defendida pelo coordenador do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, próximo a Lula.

Ainda conforme o Estadão, Daniela tenta conquistar o apoio da primeira-dama, Janja da Silva, que tem forte influência sobre as decisões do presidente Lula.

Também desponta na lista do PT para o STJ o advogado Flávio Caetano, apoiado pela presidente cassada Dilma Rousseff. Caetano foi advogado de Dilma.

Depois da indicação de Zanin, advogado de Lula, para a vaga aberta pela saída do ministro Ricardo Lewandowski, também já há disputa pelo lugar da ministra Rosa Weber, a segunda nomeação para o STF no terceiro mandato de Lula. Nesta disputa, o PSD tenta emplacar Pacheco, o que ele nega, enquanto o ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), conseguiu a rara condição de ser apoiado por Lira e Renan, que são adversários em Alagoas.

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