24.5 C
Rio Grande do Sul
quinta-feira, setembro 19, 2024
Home- ÚLTIMAS NOTÍCIAS -Preso suspeito de emprestar arma usada para matar técnico em enfermagem haitiano...

Preso suspeito de emprestar arma usada para matar técnico em enfermagem haitiano em Viamão

Por Fabiano Ruppenthal

Um segundo suspeito de envolvimento no latrocínio (roubo com morte) do técnico em enfermagem haitiano Jacques Thomas Laurent, 29 anos, foi preso preventivamente na terça-feira, dia 12 de dezembro, em Viamão. O assalto ocorreu no último dia 2, um sábado, no centro do município. Conforme a Polícia Civil, o investigado preso na terça teria emprestado a arma usada. Por isso, é apontado como coautor do crime. A investigação segue em andamento, a cargo da 1ª delegacia de Viamão.

A reportagem apurou que o homem preso na terça é Kauã Reis, 20 anos. Ele foi localizado no bairro Valença, em Viamão, onde também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. O suspeito do latrocínio, Willian Santos Silva, 26, foi preso horas após a morte, no dia 2.

De acordo com a investigação, Silva estaria devendo para Reis um valor referente ao tráfico de drogas. Ao ser cobrado, Silva teria dito que usaria a arma para cobrar uma dívida, a fim de pagar o que devia, afirma a delegada Jeiselaure Rocha de Souza:

— Ele disse que um terceiro indivíduo estava em dívida com ele, que pegaria esse dinheiro e entregaria ao comparsa. Nisso, o segundo preso (Reis) forneceu a arma, acreditando que o homem faria uma extorsão.

No entanto, Silva usou a arma para cometer o assalto contra Laurent.

— A vítima não tinha nenhuma dívida nem relação com os dois presos. Foi escolhida aleatoriamente, na rua. Como (Laurent) não tinha dinheiro consigo, o assaltante subtraiu o celular. Depois do roubo, o executor devolveu a arma ao comparsa e também deu o celular da vítima a ele — diz Jeiselaure.

O técnico em enfermagem teria reagido à abordagem do assaltante e foi alvejado com disparos de arma de fogo. O criminoso fugiu do local.

A polícia afirma que Silva confessou, durante interrogatório no dia da prisão, o latrocínio e disse que o comparsa teria enrolado o celular da vítima em papel alumínio e escondido o aparelho, que não foi localizado até o momento, assim como a arma usada no crime. Inicialmente, ele afirmou que o valor da dívida seria de R$ 80, mas as equipes acreditam que a quantia era mais alta. Já Reis permaneceu em silêncio durante depoimento.

O inquérito segue em andamento em Viamão.

Técnico em enfermagem na Capital
O haitiano vivia no RS há oito anos e trabalhava como técnico em enfermagem na Santa Casa de Porto Alegre. Quando não estava no hospital, se dedicava aos estudos no curso de Ciência Política, área pela qual se interessou por influência do pai, quando ainda era menino. Ele deixa uma filha de cinco anos.

Conforme o irmão Renold Laurent, 34, o técnico aproveitava qualquer hora vaga e finais de semana para ler e focar em aprendizado. Foi Renold que trouxe o irmão ao Brasil, em 2016.

— Todos os dias a gente se falava, para saber como o outro estava. Se dormiu bem, acordou bem. Sempre em contato. Era uma pessoa de bom coração, que respeitou todo mundo, nunca teve problemas com ninguém. É algo que nos deixa muito triste. Não sei como isso aconteceu — conta o irmão.

Após a morte, o hospital em que Laurent trabalhava se manifestou em nota. A Santa Casa lamentou a perda e disse que o haitiano “teve uma linda trajetória” na instituição.

Laurent conseguiu o emprego em 2018, atuando na higienização do hospital. Com a vivência no espaço, veio o interesse pela área, e ele buscou um curso de Técnico em Enfermagem, cargo que assumiu no ano passado.

“Iniciou na higienização e, com o esforço e dedicação que lhe eram características, concluiu o curso de Técnico em Enfermagem. Além disso, era uma pessoa extremamente gentil e responsável no exercício das suas atividades, simbolizando de forma exemplar, pela conduta pessoal e profissional, a diversidade e o acolhimento que temos como premissa entre nossos colaboradores”, diz o texto.

Contraponto
A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública do Estado (DPE), que atende os investigados e se manifestou por meio de nota. Confira:

“Como de praxe, a Defensoria Pública participou da audiência de custódia. Caso os suspeitos optem por não constituir advogado particular, a Defensoria Pública irá atuar no caso.”

Fonte: GZH

Conheça nosso canal no YoutubeFaça parte da nossa Fã-page no Facebook
Curta nosso Instagram
FAÇA PARTE DO NOSSO GRUPO NO TELEGRAM CLIQUE AQUI


VOCÊ É 100425015ª PESSOA QUE VISITOU O GAUDÉRIO NEWS.
MUITO OBRIGADO.
VOLTE SEMPRE QUE QUISER SE MANTER BEM INFORMADO.

- Publicidade -

Mais populares

Feito com muito 💜 por go7.com.br