A soja está em fase final de ciclo e algumas lavouras já começam a ser colhidas na região. Conforme o engenheiro agrônomo do escritório regional da Emater com sede em Ijuí, Gilberto Bortolini, nesta fase se percebe um amarelecimento natural das folhas e não mais em decorrência da seca.

Na região, aproximadamente 75% da área cultivada está em estágio de enchimento de grãos e maturação. Nesta fase, conforme Bortolini, já estão definidos os potenciais produtivos, ou seja, quantos grãos cada planta produziu. Neste sentido, o potencial verificado nas lavouras é muito pequeno.

O engenheiro agrônomo relata que os agricultores estão colhendo de duas a 15 sacas por hectare. Alguns produtores estão percebendo que nem é viável efetuar a colheita e vão abandonar as lavouras.

Além da baixa produtividade, a qualidade dos grãos é muito inferior ao colhido em anos anteriores, o que compromete o peso final e aumenta os descontos computados quando acontece a venda. A previsão, conforme Gilberto Bortolini, é de que esta seja uma das menores safras possíveis dos últimos anos.

Colheita da soja alcança 3% das lavouras do RS

As chuvas ocorridas entre os dias 21 e 25 de fevereiro repuseram de forma parcial a umidade nos solos e beneficiaram as lavouras de soja que estão em floração (18%) e formação de grãos (56%), fases de alta demanda de água pela cultura. Nas localidades onde as precipitações foram em menor volume, as lavouras ainda continuam apresentando queda de folhas, amarelecimento das plantas e baixo número de vagens e grãos.

De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, as lavouras em maturação representam 20% da área cultivada, e mesmo com as chuvas não apresentaram sinais de recuperação e têm perda consolidada na produtividade. As lavouras em final de maturação apresentam vagens e grãos em diferentes tamanhos, dificultando a colheita, que alcança 3%, apresentando produtividade muito baixa e variável, dependendo das condições do tempo e solos de implantação.

As condições fitossanitárias das lavouras de soja continuam satisfatórias, com exceção de algumas áreas que ainda apresentam incidência de ácaros e trípes, bem como infestação com buva e caruru, situação que preocupa tanto pela redução no potencial produtivo pela competição, quanto pelo risco elevado de aumento das invasoras na próxima safra.

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