O Rio Grande do Sul vai colher menos 13,1 milhões de toneladas de grãos na Safra de Verão 2021/2022, o equivalente a uma perda de 41,1% em relação à produção projetada inicialmente pela Emater-RS Ascar, de 33,6 milhões de toneladas. O estrago proporcionado pela estiagem no Estado foi dimensionado nesta terça-feira na estimativa final apresentada pela Emater, durante a 22ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. A cultura com maior volume proporcionalmente atingido foi a da soja, que deve perder 52,1% em relação à projeção inicial, de 19,94 milhões de toneladas, e 53,3% a menos que a safra 2020/2021, de 20,4 milhões de toneladas, fechando, nos dois casos, em 9,4 milhões de toneladas.

O diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, aponta que neste levantamento, em que a coleta de dados foi encerrada em 28 de fevereiro, foi identificado que em 126 municípios do Estado  a produtividade das lavouras de soja vai ser de 20 sacos ou menos por hectare, em especial na região Norte.

O milho grão, que tinha expectativa inicial de colheita de 6,11 milhões de toneladas, tem perda consolidada na produção de 55,1%, ficando em 2,7 milhões de toneladas. No milho silagem, fundamental para a produção leiteira, suinocultura e avicultura, o prejuízo chegou a 57,8 %, de 13,2 milhões de toneladas projetados para 5,5 milhões de toneladas consolidados.

Rugeri comenta que no caso do milho silagem a situação é muito preocupante, uma vez que o produtor de leite, além de perder o cereal que plantou como alimento, ainda vai ter de investir o que não tem para comprar comida para o rebanho.

Arroz e feijão também tiveram redução em face a perspectiva do início da safra, mas em índices menores. No arroz, a queda foi de 4,5%, de 7,5 milhões de toneladas para 7,2 milhões de toneladas. No feijão primeira safra, de 36%, caindo de 61,9 mil toneladas para 39,6 mil de toneladas.

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