Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, encaminhou solicitações ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) em busca de intervenção para conter o que ele chama de “aparelhamento político” e manipulação da Petrobras pelo governo de Lula (PT). Em discurso no plenário do Senado ontem (12), Marinho denunciou a interferência do governo petista, alegando prejuízos à estatal e à economia do país.
O senador criticou a gestão de Lula, responsabilizando-a por uma queda de quase R$ 60 bilhões no valor de mercado da Petrobras na Bolsa de Valores, devido à suposta intervenção eleitoreira e irresponsável na empresa estatal. Além disso, Marinho questionou a legalidade da interferência do presidente da República e dos ministros Rui Costa, da Casa Civil, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Fernando Haddad, da Fazenda, em um incidente que levou à suspensão da distribuição de dividendos da Petrobras aos acionistas.
“Exigimos transparência e respeito às leis, não o típico aparelhamento e manipulação política do PT, que prejudica a nossa maior estatal e a economia!”, declarou Marinho em seu apelo ao TCU.
O ex-ministro do Desenvolvimento Regional durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Marinho, também acusou o PT de retomar o controle da Petrobras e adotar “o velho populismo que dilapidou a maior estatal brasileira”, em uma alusão aos escândalos de corrupção combatidos pela Operação Lava Jato, o petrolão. “São os mesmos personagens, os mesmos métodos e as mesmas práticas irresponsáveis que afundaram nossa economia em 2015 e 2016”, afirmou o senador.
Além disso, Marinho pediu à PGR que investigue possíveis práticas ilícitas relacionadas a movimentações incomuns com ações da Petrobras. Ele levantou questionamentos sobre a entrevista do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a retenção de lucros, que teria resultado na queda das ações da empresa na Bolsa, acompanhada pela compra de milhões de ações. “Alguém lucrou muito com isso. Por isso, pedimos uma investigação”, explicou.
O senador também solicitou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que investigue a influência sobre as decisões do comando da Vale, bem como a questão da Petrobras vender petróleo para suas próprias refinarias a um preço e para as refinarias privatizadas a um preço de 10% a 15% acima do seu valor de venda.
