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sexta-feira, maio 17, 2024
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Supertempestade solar pode deixar o mundo sem internet por vários meses no ano que vem

Grandes erupções de gás ionizado causam interferência eletromagnética no planeta. (Foto: EBC)        |   Com informações -  O Sul

Uma iminente supertempestade solar ameaça deixar o planeta sem internet por meses em 2024, alerta o professor Peter Becker, da Universidade George Mason, no estado norte-americano da Virgínia. Becker, responsável pelo desenvolvimento de sistemas de alerta sobre atividades solares, adverte sobre a possibilidade de um “apocalipse da internet” no próximo ano.

A supertempestade solar resulta de explosões solares que causam perturbações no campo magnético. O professor explica que isso ocorre porque a internet atingiu sua maturidade em uma época em que o Sol estava “relativamente calmo”, mas agora adentra uma fase mais ativa.

Apesar de estudos iniciais apontarem para julho de 2025 como a data prevista para esse evento, Becker destaca que a fase mais intensa da tempestade está prevista para o próximo ano. Ele salienta que é a primeira vez na história que ocorre uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência humana pela internet.

Em entrevista à rede Fox News, Becker mencionou que um evento semelhante foi registrado em 1859, quando sequer havia comunicação via rádio. No entanto, ele teme que as consequências do evento atual sejam mais críticas, considerando a intensa conectividade global. Os impactos, segundo suas previsões, afetarão a rede elétrica, satélites, sistemas de orientação por GPS e dispositivos de comunicação.

Além das projeções para o próximo ano, Becker destaca que o ciclo solar pode atingir o pico no mesmo período. Existe também uma probabilidade de 10% de que a partir de 2030 uma supertempestade solar possa mais uma vez interromper a internet.

Becker faz parte de um grupo do Laboratório de Pesquisa Naval dedicado ao desenvolvimento de um sistema de alerta que antecipe em pelo menos 18 horas os efeitos das partículas da supertempestade na Terra. Ele prevê que a interrupção do campo magnético pode durar entre 18 e 24 horas, durante as quais dispositivos eletrônicos devem ser desligados para evitar problemas significativos. Becker destaca que a mitigação desse problema é possível através de alertas, ressaltando a necessidade de um fortalecimento de longo prazo da internet como uma medida de segurança econômica, embora isso represente um desafio significativo.


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