O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou sigilos de 100 anos sobre os gastos do governo com o cartão corporativo, prática que já havia sido adotada por seu antecessor Jair Bolsonaro (PL). Segundo levantamento do jornal O Globo, entre janeiro de 2023 e outubro de 2024, a Presidência da República gastou R$ 38,3 milhões com despesas sigilosas no cartão.
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Apesar de, durante sua campanha em 2022, ter criticado as medidas de sigilo do ex-presidente Bolsonaro, Lula anunciou uma proposta para encerrar essa prática em 2023, mas a promessa ainda não foi concretizada. Em um debate de 2022, Lula havia afirmado: “Tudo é motivo de sigilo, tudo é motivo de sigilo. Você sabe que isso tem perna curta porque vai acabar. Eu vou ganhar as eleições e quando chegar o dia 1º de janeiro [de 2023], eu vou pegar o seu sigilo e vou botar ao povo brasileiro saber porque você esconde tanta coisa. Afinal de contas, se é bom, não precisa esconder”.
O uso do cartão corporativo do governo federal, que existe desde 2001, foi regulamentado para despesas excepcionais e sigilosas, incluindo gastos com agentes em investigações e outras situações urgentes. O aumento nos gastos e a manutenção dos sigilos de longa duração geram questionamentos sobre a transparência na administração pública, uma vez que a medida dificulta o acesso à informação por parte da população e da imprensa.
