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sábado, setembro 14, 2024
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Justiça nega liberdade para chefe da quadrilha que queria sequestrar Sergio Moro

Defesa de Janeferson Gomes alega que os crimes cometidos não passaram do campo da ideia. | O Sul

O desembargador Luiz Carlos Canalli, da Justiça Federal do Paraná, negou um pedido de liberdade para Janeferson Aparecido Mariano Gomes, acusado de ser o mentor da tentativa de sequestro de autoridades, em especial o ex-juiz e senador Sergio Moro e o promotor público de São Paulo Lincoln Gakiya. No despacho, o magistrado afirma que a detenção do acusado não foi feita de forma ilegal e que a segregação dele é necessária para a conclusão das investigações.

A defesa de Janeferson afirmou que os supostos crimes cometidos não passaram de uma ideia e que os atos foram cogitados em 2022, quando Moro não havia sido eleito senador. Também alega que seu cliente passa por constrangimento ilegal, pois está preso por um crime que não cometeu, uma vez que o atentado não ocorreu, de fato.

Além disso, seus advogados alegam que o local de julgamento não deveria ser a esfera federal, mas a estadual em São Paulo. “O crime de extorsão mediante sequestro é o único motivo para a tramitação da investigação perante a Justiça Federal. Assim, se este ficou no campo da cogitação ou da preparação, não existe motivos para que esta permaneça em andamento perante o juízo a quo”.

Outra alegação é que Janeferson é primário, sem antecedentes criminais e possui residência fixa. Nenhum dos argumentos prosperou e o acusado permanecerá detido provisoriamente.

Segundo as investigações, Janeferson Aparecido Mariano Gomes tem três apelidos no mundo do crime: Nefo, NF e Dodge. Membro da chamada Sintonia Restrita da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), ala responsável por atentados e resgates de presos, Nefo não se envolve em outras empreitadas da quadrilha, como sequestros e execuções de inimigos. A exceção é o tráfico de drogas, segundo investigadores.

Na ação frustrada pela Polícia Federal na quarta-feira 22, Nefo foi preso em São Paulo, assim como sua namorada, Aline de Lima Paixão (ela foi para prisão domiciliar dias depois), e outras sete pessoas. Uma ex-esposa e uma mulher apontada como amante do chefe do bando também estão entre os detidos preventivamente.

No processo que corre na 9ª Vara Federal de Curitiba, a participação de Janeferson na empreitada frustrada é detalhada pela PF, que mapeou bens e imóveis do acusado em nome de terceiros. “Não há dúvidas da aplicação dos valores oriundos do tráfico de drogas e da associação para o tráfico de drogas de Janeferson para o financiamento das atividades criminosas na cidade de Curitiba/PR, sendo que o patrimônio identificado em nome de terceiros é parte vital das ações policiais para a completa desarticulação dos crimes em apuração, notadamente porque, com a prisão dos líderes, esse patrimônio é novamente absorvido pela orcrim (organização criminosa) para continuar a prática dos mesmos delitos”, dizem os investigadores, no pedido de prisão preventiva da quadrilha.

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