17.1 C
Rio Grande do Sul
sábado, setembro 14, 2024
Home- ÚLTIMAS NOTÍCIAS -Ex-vereador que foi testemunha no caso Marielle Franco é morto

Ex-vereador que foi testemunha no caso Marielle Franco é morto

Político foi ouvido em 2018 no âmbito do inquérito que investiga os assassinatos. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O ex-vereador e ex-policial militar conhecido como Zico Bacana, que era uma das testemunhas envolvidas na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi vítima de um ataque fatal no bairro de Guadalupe, na cidade do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (7). De acordo com informações fornecidas pela Polícia Militar, Zico estava dentro de uma loja quando os atiradores chegaram.

Na ocasião, ele estava acompanhado de outras pessoas, incluindo seu irmão, que também foi baleado e morto no ataque. Apesar de ter sido encaminhado a um hospital, Zico, de acordo com informações preliminares, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Jorge Tavares, o irmão do ex-vereador, também perdeu a vida no incidente. Zico Bacana havia sido investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias e já tinha prestado depoimento à polícia em 2018 como testemunha no caso Marielle.

Em 2020, ele havia sobrevivido a um atentado anterior, no qual foi atingido por um tiro de raspão.

Perfil

Zico Bacana era o nome político utilizado por Jair Barbosa Tavares. Ele tinha 53 anos e exerceu o cargo de vereador entre os anos de 2017 e 2020, pelo PHS. Na eleição mais recente, concorrendo pelo Podemos, ele ficou como suplente.

Nas redes sociais, Zico se identificava como paraquedista e policial militar.

O ex-vereador foi alvo de investigações na CPI das Milícias, sendo mencionado como líder de uma milícia. Em uma entrevista ao programa “Profissão Repórter”, ele negou veementemente ser membro de uma milícia.

“Absolutamente não. Nunca. Nunca fiz parte (…) O policial militar é alvo por estar fardado e por estar sempre presente na vida cotidiana da população, é o mais visado”, disse ele.

Em 2018, Zico foi convocado para depor como testemunha nas investigações sobre o caso Marielle. Ele participou da CPI das Milícias, mas não há evidências que o relacionem ao crime.

“Eu dei todas as informações que pude, da melhor maneira possível. O que aconteceu com nossa colega não deveria ter ocorrido. Peço a quem saiba qualquer coisa que entre em contato com o Disque Denúncia. O anonimato é garantido. Estou aqui para defender a conduta da jovem, que descanse em paz. Fui envolvido nisso”, afirmou.

Milícia

Denúncias apresentadas durante a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) indicavam que Zico Bacana era líder de uma milícia atuante nos bairros de Guadalupe, onde ele foi atacado, e Ricardo de Albuquerque.

As denúncias apontavam que ele comandava uma milícia na comunidade Eternit, em Guadalupe, e mantinha conexões com a milícia da Palmeirinha, em Honório Gurgel, que, supostamente, era dirigida também por um policial militar, Fabrício Fernandes Mirra, conhecido como “Mirra”.

Zico Bacana jamais foi condenado por algum crime. Em sua primeira tentativa de ingressar na política, concorreu ao cargo de vereador pelo PSDC (Partido Social Democrata Cristão), conquistando 3,3 mil votos, porém não sendo eleito.

VOCÊ É 100423674ª PESSOA QUE VISITOU O GAUDÉRIO NEWS.
MUITO OBRIGADO.
VOLTE SEMPRE QUE QUISER SE MANTER BEM INFORMADO.

Gaudério News – Integrante da UPOR, União dos Portais On Line Regional

- Publicidade -

Mais populares

Feito com muito 💜 por go7.com.br