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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Aliado histórico do PT, o MST aumentou a pressão sobre o governo Lula

O Executivo alega ter limitações orçamentárias e pede a compreensão dos sem-terra       |     Foto: Divulgação/Agência Brasil    |    Com informações -  O Sul 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), historicamente aliado ao Partido dos Trabalhadores (PT), intensificou sua pressão sobre o governo de Lula na última semana, exigindo uma maior celeridade na destinação de terras para a reforma agrária e o repasse de recursos. O MST realizou uma série de protestos em todo o país e se encontrou com cinco ministros, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Além disso, o movimento divulgou uma nota em que critica a “incapacidade” da gestão petista em atender às demandas.

O MST tem pressionado por um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado para a reforma agrária, um orçamento de R$ 3 bilhões para o próximo ano e o atendimento imediato de 65 mil famílias acampadas, incluindo a realização de cadastros e o compromisso de entrega de terras.

Por sua vez, integrantes do governo alegam que têm sido transparentes com o movimento e deixado claro que há limitações orçamentárias para expandir a meta do número de assentamentos até 2026. Eles argumentam que o programa de reforma agrária estava paralisado desde o governo de Michel Temer e que é importante que os sem-terra compreendam a conjuntura.

Apesar disso, o ministro Wellington Dias anunciou um investimento de R$ 250 milhões no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Lideranças do MST estiveram presentes na solenidade no Palácio do Planalto.

O MST promete continuar promovendo invasões e protestos como forma de pressionar o governo. “Um pé na confiança e outro na mobilização”, diz Ceres Hadich, membro da direção nacional do MST.

O movimento também publicou uma nota em seu site criticando a suposta “lentidão, falta de orçamento e incapacidade” da gestão petista em promover a reforma agrária, uma bandeira histórica da esquerda e do PT.

Na última semana, a direção nacional do MST se reuniu com ministros em Brasília, enquanto a militância organizou manifestações em 17 estados e dois mil jovens acamparam na capital em protesto.

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