Em resposta à maior enchente da história da capital gaúcha, a prefeitura de Porto Alegre solicitou às instituições financeiras parceiras a suspensão dos pagamentos das dívidas, a prorrogação do prazo total de amortização dos contratos por dois anos e a transferência desses pagamentos para o final dos contratos.
Segundo estimativas da Secretaria Municipal da Fazenda, se acolhida, a medida poderia resultar em uma economia aproximada de R$ 550 milhões. Esse montante seria vital para financiar a reconstrução da cidade, que foi severamente afetada pelas inundações. O prefeito Sebastião Melo enfatizou a importância dessas medidas para permitir a recuperação de Porto Alegre e restaurar sua infraestrutura essencial.
Os pedidos foram formalizados por meio de ofícios dirigidos a diversas instituições financeiras, incluindo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banrisul e outras entidades.
A enchente afetou diretamente 150 mil habitantes da cidade e teve impacto em mais de 1 milhão de pessoas devido à elevação histórica do nível do Guaíba. A suspensão dos pagamentos das dívidas permitirá que os recursos sejam redirecionados para ações cruciais, como assistência social, reconstrução de moradias, reparos em escolas e vias públicas, além da restauração de serviços básicos.
O secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer, ressaltou a importância dessa medida para evitar um colapso financeiro na cidade, especialmente diante da redução prevista na arrecadação municipal. A suspensão das cobranças proporcionaria recursos vitais para a recuperação da infraestrutura urbana.