Na quinta-feira (15), Nicolás Maduro, líder da Venezuela, descartou a possibilidade de realizar novas eleições no país. Ele fez essa declaração durante uma entrevista, em resposta a uma confusão envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Biden, ao ser questionado por uma jornalista sobre a chance de novas eleições na Venezuela, afirmou que concordava. No entanto, uma fonte do governo americano posteriormente esclareceu que Biden não havia compreendido corretamente a pergunta.
Maduro criticou a postura de Biden, acusando-o de adotar uma diplomacia intervencionista. A proposta de um novo pleito na Venezuela havia sido sugerida pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com apoio do presidente colombiano, Gustavo Petro. Maduro, sem mencionar Lula diretamente, fez referência às alegações de fraude eleitoral feitas pelo ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em 2022, quando Bolsonaro questionou a vitória de Lula.
Em suas declarações ao jornal El Tiempo, Maduro afirmou: “No Brasil, o ex-presidente Bolsonaro, aliado da extrema-direita fascista da Venezuela, alegou fraude e não aceitou a derrota. E foi o tribunal brasileiro [TSE] que decidiu. Ninguém na Venezuela e em nosso governo pediu algo.”
