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sexta-feira, setembro 13, 2024
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Casal Brasileiro Sobrevive a Cinco Dias Perdido na Neve no Chile e Relata Momentos de Desespero

Após nevasca intensa, os brasileiros recorreram a gelo para se hidratar e enfrentaram temperaturas de até -20ºC enquanto aguardavam resgate em um abrigo improvisado na fronteira com a Argentina.

Um casal brasileiro que ficou desaparecido por cinco dias no Chile chegou a comer gelo para sobreviver. “Foram dias muito difíceis, nossa fé foi testada e nossa esperança de voltar para casa também. Quando nos deparamos com a situação, a única certeza era que talvez não retornássemos”, disse Aurora da Silva Rodrigues, de 59 anos, esposa de Eraldo Rodrigues, de 60. Os dois enfrentaram essa provação na semana passada.

O casal, que saiu de Resende, no interior do Rio de Janeiro, em um carro no dia 2 de agosto, desapareceu entre os dias 18 e 23 de agosto, sendo encontrados na fronteira com a Argentina.

Cíntia Martins, nora do casal, relatou que o clima e as condições da estrada estavam boas quando eles deixaram o hotel no domingo. No entanto, em um determinado ponto da viagem, começaram a enfrentar nevascas.

“Eles passaram pela primeira, segunda, terceira nevasca… A visibilidade foi piorando, e ao desviar de um obstáculo, o carro colidiu e ficou preso na neve”, contou Cíntia.

Assim que o veículo atolou, o casal percebeu que não poderia continuar a viagem. Eraldo saiu do carro para verificar a região e procurar abrigo. Pouco tempo depois, encontraram um refúgio, recolheram alguns itens do carro e se dirigiram ao local.

No abrigo, eles montaram uma barraca, colocaram um colchão no chão e usaram um fogareiro que estava no carro. No entanto, as condições eram precárias, e os meios de comunicação no abrigo estavam desligados.

“Eles passaram a primeira noite assim. No dia seguinte, o carro já estava completamente coberto pela neve, tornando impossível sair dali. Eles voltaram ao carro quando o tempo permitiu, limparam a neve o máximo que puderam, mas a nevasca continuava”, explicou Cíntia.

Racionamento de comida

Sem saber quanto tempo ficariam no abrigo, o casal desenvolveu estratégias para racionar a comida. Como a travessia planejada era longa, eles tinham maçãs, biscoitos, balas e latas de atum no carro.

“No quarto dia, a água acabou. Eles começaram a comer gelo para se hidratar. O gás do fogareiro também acabou. Foi o limite”, relatou Cíntia.

Logo no primeiro dia, ao perceberem a gravidade da situação, Eraldo e Aurora deixaram bilhetes no vidro do carro informando que estavam em um abrigo próximo, caso alguém encontrasse o veículo.

“Escreveram um diário e mensagens para algumas pessoas, incluindo eu, Raphael e outros parentes”, acrescentou Cíntia.

Além da incerteza, o casal enfrentou o frio extremo, com temperaturas atingindo -20ºC.

“Eles disseram que usavam sacolas plásticas entre as meias e os tênis para se aquecer”, contou Cíntia.

“No segundo dia, Eraldo começou a tapar os buracos, pois a nevasca trazia muita neve para dentro do abrigo. Com uma fita adesiva que estava no carro, ele fez os reparos possíveis, que não foram suficientes, mas ajudaram a reduzir a entrada de neve dia e noite”, finalizou Cíntia. As informações são do portal de notícias G1.

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