De acordo com os dados da Serasa Experian, houve um aumento expressivo de 82,4% nos pedidos de recuperação judicial no mês, em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 135 solicitações. Esse valor representa o maior registrado neste ano e um aumento de 32,4% em relação a julho.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, ressalta que a falta de estabilidade econômica ainda representa um desafio significativo para os empresários. De janeiro a agosto, o total de pedidos de recuperação judicial atingiu 830, um número ainda abaixo dos picos registrados em 2019 (1.417) e do recorde histórico de 2016 (1.863). No entanto, os dados indicam a possibilidade de que o número de pedidos ultrapasse a marca de 1 mil em 2023.
Além dos casos emblemáticos envolvendo empresas como Americanas, Light, Oi e Grupo Petrópolis, a lista de empresas que recorreram à recuperação judicial recentemente inclui nomes como o Grupo DOK (proprietário das marcas de calçados Ortopé e Dijean) e a M.Officer. A livraria Saraiva também enfrenta o risco de ter sua falência decretada. Paralelamente, várias empresas estão empenhadas em evitar a recuperação judicial, incluindo Unigel, Marisa, Tok&Stok e RiHappy. Outras estão passando por processos de profunda reorganização financeira e operacional, como a Via, que agora faz parte do recém-nomeado Grupo Casas Bahia.
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