O governo brasileiro pediu ajuda aos Estados Unidos para tentar agilizar a liberação de brasileiros presos na Faixa de Gaza, região alvo de bombardeios na guerra entre Israel e Hamas. No último sábado (4), mais 599 estrangeiros que estão na zona de conflito foram autorizados a cruzarem a fronteira do Egito.
Já são quatro listas de estrangeiros autorizados por Israel, mas nada de brasileiros nem outros sul-americanos.
No total, mais de 2,2 mil cidadãos saíram da região até agora. Metade, dos Estados Unidos. As listas já incluíram cidadãos de países de maioria muçulmana e que não reconhecem o Estado de Israel, como a Indonésia, e de pouca expressão na geopolítica, como Chade e Sri Lanka.
O governo subiu o tom ao cobrar os critérios adotados por Israel para autorizar a saída de estrangeiros de Gaza, mas diplomatas afirmam que Tel Aviv não informou o motivo da demora na inclusão do Brasil.
O assessor internacional do Planalto, Celso Amorim, conversou com conselheiro de Segurança Nacional dos EUA. O diplomata brasileiro pediu para que Jake Sullivan ajude a pressionar Israel a autorizar a saída dos brasileiros.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ouviu do chanceler israelense a promessa de que os 34 brasileiros poderão deixar a zona de conflito até quarta-feira (8).
“Ele me garantiu que sairão até quarta-feira e que também fará todo o possível, se puder antecipar de um ou dois dias fará, mas que na quarta-feira ele dá todas as garantias”, informou o ministro.
O avião cedido pela Presidência da República para realizar o resgate segue no Cairo, há mais de duas semanas.
Empurra
A demora na autorização para que 34 brasileiros, palestinos residentes no Brasil e parentes próximos possam atravessar a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito demonstra que há um claro jogo de empurra entre os governos israelense e egípcio. Essa é a avaliação de interlocutores do governo envolvidos nas negociações, principalmente aqueles ligados à área diplomática.
As sinalizações são confusas e, diante das pressões de aliados como os Estados Unidos e a União Europeia, Israel e Egito tentam se eximir da responsabilidade de elaborar listas mais justas, que contemplem um volume com maior diversidade de estrangeiros.
A avaliação é que americanos e europeus têm sido claramente privilegiados. Somente na quarta lista, divulgada no sábado (4), havia lugares para 386 cidadãos dos EUA, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha.
Uma nota divulgada pela Embaixada israelense em Brasília mostra essa contradição, enfatizou um integrante do governo. A representação diplomática culpou o Hamas pela demora na liberação dos brasileiros, um dia depois do chanceler de Israel, Eli Cohen, prometer ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que a autorização sairá, na pior das hipóteses, até esta quarta.
Mauro Vieira já falou com o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, cinco vezes, e três vezes com Eli Cohen. Na última segunda (30), quando ainda estava em Nova York, Vieira falou ao telefone com o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani; e o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken.
Também na tentativa de apressar a liberação dos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com os presidentes de Israel, Isaac Herzog; do Egito, Abdul Fatah Khalil al-Sisi; e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
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