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terça-feira, maio 7, 2024
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Como saber se estou em um relacionamento abusivo?

Provavelmente você já ouviu falar em “relacionamento abusivo”, termo que anda em voga ultimamente. Só que relacionamentos abusivos sempre existiram, de diferentes formas, contra homens, mulheres e crianças, em casais ou entre amigos e familiares – só agora o assunto é tratado com mais seriedade. E o que é um relacionamento abusivo? É aquele em que uma das pessoas envolvidas na relação exerce poder e controle sobre a outra de forma prejudicial. Este comportamento pode ser físico, psicológico, emocional ou sexual.

Talvez você esteja, e há muito, em um relacionamento abusivo, se anulando ou martirizando para “caber” no que o outro lhe impõe. Ou vivendo de brigas e abusos. Alguns dos sinais de um relacionamento abusivo, são:

1. Controle

A pessoa abusiva tenta controlar todos os aspectos da vida da vítima, incluindo suas amizades, relacionamentos familiares, decisões financeiras e até mesmo o que ela veste.

2. Isolamento

O abusador ou a abusadora procura isolar sua vítima do círculo social e familiar desta, fazendo com que se sinta sozinho(a) e dependente. Algumas formas de isolamento comuns incluem criticar os amigos e familiares de alguém, proibi-lo de ver seus amigos e familiares e fazê-lo se sentir culpado(a) por querer passar tempo com outras pessoas.

3. Humilhação

A pessoa abusiva humilha a vítima, fazendo com que ela se sinta mal consigo mesma, inadequada, com baixa autoestima etc. Isso inclui críticas à aparência, ao comportamento (sem motivo suficiente para tal), fazer piadas sobre esse alguém e praticar bullying, como colocar apelidos e criar situações de constrangimento público.

4. Intimidação

A pessoa abusiva utiliza ameaças ou violência para intimidar a vítima, de maneira que ela tenha medo de falar ou agir. Essas ameaças podem envolver violência física, possibilidade de abandono, ou intimidação visando a prejudicar os amigos, familiares ou cônjuge/namorado(a)/noivo(a).

5. Violência

A pessoa responsável por um relacionamento abusivo faz uso da violência física, com frequência, para controlar a vítima. Isso é muito comum em casais ou em pais e mães em relação aos filhos: socos, chutes, arranhões, queimaduras, assédio sexual e até estupro estão nesse bojo maquiavélico.

É importante lembrar que nem todos os relacionamentos abusivos apresentam todos esses sinais, e que há a possibilidade, em um relacionamento entre duas pessoas, que ambas sejam abusivas, embora normalmente haja um(a) abusador(a) principal.

E o que fazer se você achar que está em um relacionamento abusivo? Primeiro, converse com uma pessoa de confiança sobre isso, um amigo, familiar ou profissional de saúde mental. Há atendimentos de psicólogos gratuitos no SUS, assim como o fornecimento de alguns remédios psiquiátricos, caso necessários em determinadas circunstâncias. Afaste-se de quem está, mesmo sem que você perceba, destruindo sua saúde mental e mesmo física, muitas vezes invertendo papéis e se fazendo de vítima, com acusações de que você é o(a) culpado(a) de tudo.

O que mais você pode fazer diante de uma pessoa ameaçadora e sem escrúpulos em um relacionamento? Disque 180, para violência contra a mulher. Denuncie, enfrente o medo. Procure um Centro de Referência da Mulher (CRM) ou um Serviço de Atendimento à Mulher (SAM). É claro que há muitos homens, em relações hétero ou homoafetivas, que passam por abusos, então procure ajuda da mesma forma, seja médica ou policial. Muitas das denúncias podem ser feitas online.

Você é importante, você tem valor, e quem insiste em degradar e aniquilar sua personalidade não merece sua companhia. Se for impossível não conviver, mantenha uma distância, principalmente emocional, segura – como no trabalho ou entre familiares.

Ame-se, cuide-se, preserve-se! Mas preste atenção se você não tem cometido atos abusivos, mesmo sem intenção, ou por descarregar seus problemas em outros. Talvez seja bom consultar um psiquiatra, pois muitos dos relacionamentos abusivos têm como protagonistas pessoas com transtornos de personalidade como borderline, bipolaridade e depressão. É comum, ainda, que pessoas com personalidade psicopática sejam abusivas – sem a capacidade de sentir culpa, não farão nenhuma questão de ajudar você ou sequer se importar, de verdade, com você.

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