A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, na quinta-feira (24), um ex-policial militar de Santa Catarina que estava foragido desde 8 de março, quando rompeu a tornozeleira eletrônica que usava em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A prisão de Valdir Saggin, conhecido como “Dico”, ocorreu em Itaqui, na Fronteira Oeste do estado.
Valdir Saggin, de 58 anos, acumula condenações que somam 96 anos de prisão por uma série de crimes, incluindo homicídios, extorsões, estelionato, cárcere privado e roubos a bancos nos três estados do Sul do Brasil. Uma de suas condenações envolve a execução de dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, no ano de 2001.
A captura de Saggin foi realizada pela equipe da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Após ser detido na fronteira com a Argentina, ele foi conduzido a Porto Alegre e encaminhado a um presídio em regime fechado.
De acordo com o delegado Gabriel Casanova, que liderou a operação, várias investigações foram conduzidas nos últimos meses para localizar o fugitivo. Uma das linhas de investigação revelou que ele recebeu auxílio de um comparsa, com quem cumpriu pena, para se esconder.
Casanova afirmou que a prisão de Saggin é considerada fundamental para evitar que alguém de tão alta periculosidade permaneça livre e impune por seus atos.
O ex-PM, apontado como um dos fundadores de uma facção criminosa catarinense, utilizava a tornozeleira eletrônica desde dezembro de 2022, no Rio Grande do Sul. Embora o equipamento fosse utilizado para monitorá-lo a distância, ele rompeu o dispositivo pouco mais de dois meses depois.
Saggin já havia fugido em setembro de 2020, após outra concessão de regime semiaberto. Ele foi recapturado pela Brigada Militar em janeiro de 2021, na zona norte de Porto Alegre.
Com um histórico criminal extenso, que inclui a execução de agentes policiais e envolvimento em sequestros, Valdir Saggin já acumulava condenações que totalizavam 96 anos de prisão. Além disso, ele ainda responde a mais dois processos, que, se resultarem em condenações, poderão adicionar 50 anos de prisão a sua sentença.
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