Deputados de partidos da base do governo Lula têm demonstrado menos fidelidade ao presidente em projetos relacionados à economia, em comparação a membros emblemáticos da oposição, como Aécio Neves (PSDB). Com uma base composta por 14 partidos, o governo enfrenta desafios de articulação no Congresso, uma vez que algumas dessas siglas, mesmo ocupando cargos no primeiro escalão, mantêm alas de oposição consolidadas.
Surpreendentemente, o PSOL, reconhecido por ser de oposição, demonstra uma média de fidelidade inferior até mesmo ao PSDB. Os tucanos votaram a favor do governo em 82% dos casos, três pontos percentuais a mais do que a sigla aliada.
O PSOL tem se destacado por discordâncias com o governo, especialmente no que diz respeito ao arcabouço fiscal, onde a bancada, incluindo figuras proeminentes como Sâmia Bomfim (SP), posicionou-se contra. Mesmo deputados que buscam o apoio do presidente nas eleições municipais, como Guilherme Boulos (SP) e Tarcísio Motta (RJ), não aderiram ao governo.
Glauber Braga (PSOL-RJ) afirma que é necessário defender o governo dos ataques da extrema-direita, mas isso não implica em apoiar medidas “liberais” na agenda econômica. Ele destaca a imposição do teto fiscal em áreas sensíveis, como Saúde e Educação, como motivo para o posicionamento do partido.
Os conflitos em torno das pautas econômicas com o governo Lula não são novidade e remontam à criação do PSOL como dissidência do PT em 2003. A criação do partido foi motivada pela discordância em relação à Reforma Previdenciária no primeiro mandato de Lula.
A base do governo Lula, composta por diversas siglas, enfrenta divisões internas, com alguns deputados apoiando o presidente, enquanto outros se posicionam de maneira contrária. A articulação tem sido desafiadora, mas o governo tem conseguido aprovar suas pautas.
Além disso, há casos de deputados, mesmo da oposição, que, apesar de discursos contrários ao Palácio do Planalto, não votam sistematicamente contra o governo. Um exemplo é Rosângela Moro (União-SP), mulher do ex-juiz federal Sergio Moro, que avalizou a reforma tributária, destacando que suas decisões são baseadas no impacto potencial das propostas na população.
Em geral, PP, MDB, União Brasil, Republicanos e PSD, que juntos somam nove ministérios, têm deputados que votaram contra o governo em 75% das ocasiões. Entre eles, estão nomes como o bolsonarista Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) e críticos do petista, como Kim Kataguiri (União-SP) e Messias Donato (Republicanos-ES).
Apenas o partido Novo, com três deputados, se posiciona completamente contrário à gestão Lula, enquanto outras siglas, como Cidadania, Patriota, PL, Podemos, PSC e PSDB, têm uma taxa de governismo de 75%. No campo da oposição, há 39 deputados que votaram a favor ou se ausentaram nos dias em que o governo aprovou propostas. O Podemos lidera esse grupo, seguido por PL e PSDB. O PL de Bolsonaro possui uma adesão à pauta governista de 29%.
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