A indústria de transformação do Rio Grande do Sul registrou um total de US$ 1,5 bilhão em exportações no mês de julho, resultando em uma diminuição de 0,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior (equivalente a US$ 6,3 milhões a menos).
No acumulado de janeiro a julho, a queda é ainda mais acentuada, com uma redução de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Gilberto Porcello Petry, explicou que essa diminuição no faturamento no mês passado se deve principalmente aos preços médios dos produtos exportados, que caíram 5,7%. No entanto, as quantidades exportadas em julho aumentaram em 5,6% em comparação com o mesmo período de 2022.
Dos 23 segmentos exportadores da indústria de transformação gaúcha, apenas dez tiveram aumento na receita das suas vendas externas em relação a julho do ano anterior. O segmento com a maior receita foi o de Alimentos, que teve um faturamento de US$ 540,2 milhões (redução de US$ 0,4 milhões ou -0,1%).
A queda no mês de julho foi principalmente devido aos preços médios dos produtos exportados, que caíram 7,5%, enquanto as quantidades aumentaram em 8%. O farelo de soja foi o produto mais exportado, com um aumento de 38,2% em relação a julho do ano anterior.
Mesmo sendo o segundo produto mais exportado do segmento, a carne de frango in natura teve uma queda de 34,7%. É importante ressaltar que nos últimos meses houve pequenos casos de influenza aviária em alguns estados brasileiros, o que pode explicar em parte a redução na demanda por produtos avícolas.
A China continua sendo o principal destino das mercadorias exportadas pelo segmento de Alimentos do Rio Grande do Sul, totalizando US$ 105,6 milhões, sendo um acréscimo de US$ 39,3 milhões. O Vietnã e a Espanha aparecem em seguida como destinos principais. A China demandou principalmente carne de suíno in natura, enquanto o Vietnã e a Espanha compraram principalmente farelo de soja.
Em segundo lugar, o segmento de Tabaco apresentou um faturamento de US$ 254,8 milhões (crescimento superior a 131%), com um aumento de 92,9% na quantidade exportada em comparação com julho de 2022. Os principais destinos foram Bélgica, Indonésia e Estados Unidos.
O terceiro segmento com maior destaque em julho foi o de Químicos, com um faturamento de US$ 100 milhões, no entanto, houve uma queda de quase 39% em relação ao mesmo mês do ano anterior (-US$ 63,4 milhões).
Quanto às importações, o Rio Grande do Sul importou US$ 1,3 bilhão em produtos estrangeiros em julho, o que representa uma redução de US$ 260,7 milhões em relação ao mesmo período de 2022 (-16,7%).
As compras de Bens Intermediários, que são usados como insumos pela indústria, caíram 36,9%, refletindo um mercado interno industrial menos aquecido. Os produtos mais demandados foram óleos brutos de petróleo, veículos de carga e naftas. A Argentina e os Estados Unidos estão entre os principais países de origem das importações.
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