Desde a infância até a vida adulta, as relações familiares têm um papel crucial em nossa saúde mental e nosso bem-estar. Elas servem como alicerce para nosso desenvolvimento emocional, psicológico e social, moldando a maneira como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. Resumindo: a família (ela não inclui necessariamente pessoas com o mesmo sangue, podem ser bons amigos, por exemplo), é um porto-seguro.
A família deve proporcionar um ambiente de amor, apoio e segurança, essencial para o desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança. Sentir-se amado e aceito pelos familiares proporciona a base para uma vida emocionalmente saudável. É claro que esse ambiente propício nem sempre acontece, e que sempre há desavenças, e nenhuma família é perfeita. Porém, ainda assim, o ideal é haver uma esfera de afeto, apoio mútuo e cuidado familiar. Resumindo, laços afetivos.
Laços afetivos construídos na família são fundamentais para a saúde mental. Através do contato próximo, do diálogo e da expressão de sentimentos, os membros da família podem encontrar conforto, confiança e compreensão.
Para se ter uma ideia da importância dos relacionamentos na família, ela é o primeiro ambiente social de uma pessoa, onde aprende a se comunicar, resolver conflitos, cooperar e construir relações saudáveis (ou não). Essas habilidades são essenciais para o sucesso em todas as áreas da vida.
Infelizmente, muitas vezes a família acaba sendo tóxica, o que muitas vezes vem de várias gerações anteriores. Assim, pode ser necessário certo afastamento de familiares para manter sua “ordem mental”. A Psiquiatria sabe que que inúmeros transtornos emocionais e até de personalidade têm muito a ver com nossos pais, biológicos ou não, e desde a vida no útero da mãe biológica – o bebê consegue sentir o que a mãe sente, além de irmãos, tios, primos etc. Eles são balizadores, desde cedo, de nosso comportamento, como espelhos do que queremos ou não queremos, do que nos faz bem ou mal, podem construir ou destruir.
Seria muito bom se todas as famílias fossem um espaço de amor, respeito e apoio mútuo, apesar das divergências que sempre existem, e é natural que existam. Ninguém vive em um mar-de-rosas ou em uma família fictícia de livro ou cinema.
Seja como for, o que quero deixar claro aqui é a importância de investirmos em relações familiares saudáveis, como suporte a nossa saúde mental e bem-estar. Todos nós podemos, de alguma forma, fortalecer laços familiares, com resiliência, paciência, perdão e perdão a nós mesmos, compreensão e amor.
Sei que nem todo mundo tem uma família biológica com que possa contar, no entanto, podemos tentar sempre construir relacionamentos íntimos que nos tornem pessoas melhores, mais felizes e preparadas para lidar com os desafios da vida.
Quem é sua “família de verdade”, seu suporte afetivo? O que você pode fazer para minimizar conflitos e ter um ambiente mais saudável em seu ambiente familiar? Pense nisso, procure a paz e a cooperação sempre que possível; se necessário, mantenha uma distância segura, afinal, amor-próprio é algo imprescindível a todos nós, e relacionamentos tóxicos são capazes de acabar com ele.
