O Rio Grande do Sul perdeu, neste sábado (11), um dos seus maiores artistas. Nésio Alves Corrêa, mais conhecido como Gildinho, faleceu aos 82 anos, uma semana antes de completar 83, vítima de um câncer com o qual lutava há duas décadas. O cantor e compositor, fundador do renomado grupo Os Monarcas, vinha enfrentando diversas batalhas contra o câncer, tendo descoberto um tumor na tireoide há 20 anos. Apesar das recaídas, Gildinho continuou se apresentando ao lado de sua banda desde a sua fundação, em 1972.
Em novembro, Gildinho foi internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, devido a sangramentos e dores ósseas. Durante o tratamento, foi descoberto um tumor adicional na próstata. Sua morte foi registrada às 17h15 de sábado.
Sob sua liderança, Os Monarcas gravaram 50 discos e receberam múltiplos prêmios, incluindo dez discos de ouro, o Prêmio Sharp, e quatro Prêmios Açorianos, além de outras honrarias como a Medalha do Mérito Farroupilha. Gildinho também foi o patrono da Semana Farroupilha e recebeu o Troféu Guri, do Grupo RBS.
Emocionada, a filha do artista, Sandra Márcia Borges Corrêa, compartilhou lembranças de seu pai: “Ele já não conseguia se expressar, mas fazia um esforço para cantar, o tempo todo. Fazia movimentos com as mãos como se estivesse com a gaita e olhava para a gente. Foi algo que me marcou muito. Ele foi um guerreiro, enfrentou tudo com bravura”.
O velório de Gildinho acontecerá no CTG Sentinela da Querência, em Erechim, neste domingo (12).