A Polícia Civil deteve uma gangue de jovens hackers na cidade de Bady Bassitt, interior de São Paulo, que invadia ilegalmente plataformas e sites de instituições de segurança e de justiça do Brasil. Surpreendentemente, o líder suspeito desse grupo é um adolescente de apenas 14 anos.
As investigações, divulgadas pelo programa “Fantástico” da TV Globo, revelaram que essa quadrilha possuía cerca de 20 milhões de logins e senhas de várias plataformas. Além de invadir sistemas da Polícia Civil de São Paulo, eles conseguiam também alterar informações, inserir dados falsos em boletins de ocorrência e até limpar o registro criminal de pessoas que já tinham histórico na polícia.
Esses acessos eram obtidos por meio de logins e senhas de servidores e se tornaram um ativo valioso nas mãos dos jovens. O delegado Adriano Pitoscia, de Bady Bassitt, afirmou que eles vendiam essas “chaves” por preços que variavam de R$ 200 a R$ 1.000.
De acordo com a reportagem, a quadrilha tinha mais de 20 milhões de acessos, incluindo mais de 3,6 mil logins e senhas do Tribunal de Justiça de São Paulo, 1,5 mil da Polícia Militar, 500 da Polícia Federal, cerca de 150 do Exército e 89 do Ministério Público do estado paulista.
Rastrear o grupo era complicado, uma vez que os arquivos estavam em servidores privados, permitindo que a quadrilha criasse “conexões fantasmas” para ocultar a origem de seus ataques. Isso significa que era impossível determinar de qual computador (e, portanto, de qual endereço) as invasões estavam ocorrendo.
No entanto, em junho deste ano, a Polícia Civil de Bady Bassitt conseguiu identificar um suspeito de 17 anos que operava o esquema na cidade. A partir dele, os agentes chegaram a um jovem de 18 anos na cidade de São Paulo, conhecido como Fusaao na internet.
Esse indivíduo é suspeito de ter acessado o sistema da Polícia Civil e alterado informações para apagar seu próprio histórico criminal. Segundo o delegado Pitoscia, ele conseguiu invadir o sistema e declarar falsamente sua própria morte para evitar futuras investigações.
As investigações posteriormente levaram a um adolescente de 14 anos no Paraná, que confessou ser o criador do programa de computador usado pelo grupo para acessar sites públicos e privados. Ele é considerado o líder da quadrilha, que se conheceu inicialmente na plataforma Discord.
“Esse adolescente de 14 anos afirmou que acessou por curiosidade. Os outros membros acessavam ou compartilhavam logins e senhas com fins financeiros, vendendo-os por preços que variavam de R$ 200 a R$ 1.000”, explicou o delegado Pitoscia ao “Fantástico”.
Além dos membros de São Paulo e do Paraná, outros dois integrantes do grupo, um de Mato Grosso e outro de Santa Catarina, também foram detidos. No entanto, todos foram liberados, exceto o adolescente de 17 anos de Bady Bassitt, que está sob custódia na Fundação Casa.
Em resposta, a plataforma Discord informou ao “Fantástico” que adota uma política de tolerância zero em relação a atividades ilegais e remove conteúdo, bane usuários e colabora com as autoridades quando identifica atividades ilícitas.
*AE
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