IBGE: apenas três Estados têm recuo do desemprego

O mercado de trabalho no estado de São Paulo apresentou sinais positivos na transição do segundo para o terceiro trimestre deste ano, contribuindo para o bom desempenho do emprego em nível nacional no mesmo período. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego em São Paulo diminuiu de 7,8% no segundo trimestre para 7,1% no terceiro trimestre. A nível nacional, a taxa de desocupação caiu de 8,0% para 7,7% no mesmo período.

Além de São Paulo, apenas mais duas Unidades da Federação apresentaram redução estatisticamente significativa na taxa de desemprego: Maranhão, de 8,8% para 6,7%, e Acre, de 9,3% para 6,2%.

Em São Paulo, houve uma geração de empregos significativa, acompanhada pela diminuição do número de desempregados e daqueles que estão inativos (nem trabalham nem procuram emprego). A subutilização da força de trabalho também registrou melhorias, incluindo uma redução no desalento.

Em apenas um trimestre, São Paulo abriu 268 mil postos de trabalho, resultando em uma redução de 170 mil desempregados. Além disso, 101 mil pessoas saíram da inatividade. O setor de informação e comunicação, serviços financeiros, administrativos e profissionais se destacou na criação de vagas. Quanto à qualidade do emprego, houve um aumento nas contratações com carteira assinada no setor privado, com 213 mil vagas adicionais em um trimestre.

A melhora também foi observada nas medidas de subutilização da força de trabalho no estado, com uma redução de 270 mil subutilizados em apenas um trimestre. A população desalentada, que não busca emprego por acreditar que não conseguiria encontrar uma oportunidade, diminuiu em 96 mil pessoas no período.

São Paulo concentra 24,2% de toda a população ocupada no Brasil, seguido por Minas Gerais (10,6%), Rio de Janeiro (8,0%), Bahia (6,1%), Rio Grande do Sul (5,9%) e Paraná (5,9%).

Considerando apenas São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, esses três estados respondem por 42,8% de todos os postos de trabalho no Brasil atualmente.

A taxa de desocupação para pessoas com ensino médio incompleto foi de 13,5%, quase quatro vezes maior do que para pessoas com nível superior completo, que apresentaram uma taxa de 3,5%.

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