A comercialização antecipada do trigo está em suspenso no Rio Grande do Sul devido à incerteza quanto à qualidade da safra devido ao excesso de chuvas. Na região coberta pela cooperativa Cotribá, estima-se uma perda de 20% na produção, principalmente devido ao aumento da incidência de doenças fúngicas, como a giberela. Isso levanta preocupações de que parte do trigo não possa ser vendida para a indústria de panificação.
A incerteza em relação à qualidade do trigo tem mantido o mercado travado, já que as empresas também não estão dispostas a comprar. Atualmente, o trigo com boa qualidade é negociado na região a cerca de R$ 54 a R$ 55 a saca. No entanto, a incerteza quanto à qualidade devido ao excesso de chuvas tem o potencial de pressionar os preços para baixo.
As chuvas em excesso coincidiram com a floração da cultura, criando condições favoráveis para o desenvolvimento de doenças fúngicas, como a giberela, que afetam a qualidade do trigo. No entanto, a cooperativa Cotribá afirma que receberá todo o volume produzido por seus associados, com parte possivelmente destinada à indústria de ração animal.
A colheita do trigo no Rio Grande do Sul já atingiu 3% da área plantada, mas o desenvolvimento da cultura tem sido afetado pelas condições climáticas adversas. A cultura está progredindo em direção às etapas de enchimento de grãos e maturação, mas a qualidade e o tamanho dos grãos podem ser afetados devido ao desenvolvimento de doenças fúngicas.
Este ano, o cultivo de trigo no estado ocupa 1,505 milhão de hectares, uma redução de 1,5% em comparação com o ano anterior, e a produção estimada é de 4,548 milhões de toneladas, uma queda de 14% em relação à safra anterior.
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