O período do inverno meteorológico, que vai de 1º de junho a 31 de agosto, é crucial para analisar as condições climáticas frias no Brasil. Até agora, o Centro-Sul experimentou extremos de temperatura, com junho sendo notavelmente quente em várias regiões. São Paulo, por exemplo, teve seu junho mais seco e quente desde 1943, registrando uma máxima de 28,8ºC no Mirante de Santana.
Em contraste, o Sul enfrentou uma mudança drástica com a chegada de uma massa de ar polar no final de junho, trazendo temperaturas abaixo de zero e geada intensa para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A primeira metade de julho continuou fria, especialmente no Sul, com Porto Alegre registrando temperaturas muito abaixo da média histórica. A segunda metade do mês, no entanto, promete um padrão mais ameno, com chuvas abaixo da média e temperaturas próximas ou acima do normal no Rio Grande do Sul.
No Centro-Oeste e parte do Sudeste, espera-se um retorno gradual das temperaturas mais quentes nos próximos dias, sem previsão imediata de novas incursões de ar frio intenso. A tendência para o restante do inverno indica temperaturas acima da média no Centro-Oeste e Sudeste, enquanto o Sul pode esperar uma variabilidade maior, com períodos frios intercalados com dias mais quentes.
Embora possam ocorrer episódios pontuais de frio, especialmente no Sul, não se espera a repetição do frio extremo observado no final de junho e início de julho. A análise de modelos climáticos indica uma maior probabilidade de temperaturas mais amenas à medida que avançamos para agosto.
A possibilidade de um frio tardio no final do inverno e na primavera ainda existe, influenciada pela condição neutra ou potencialmente La Niña no Oceano Pacífico, o que historicamente pode contribuir para eventos de frio mais prolongados.
