18.7 C
Rio Grande do Sul
sábado, setembro 7, 2024
Home- ÚLTIMAS NOTÍCIAS -Investigação revela tortura seguida de morte e ocultação de cadáver por PMs...

Investigação revela tortura seguida de morte e ocultação de cadáver por PMs em Porto Alegre

Casos chocam a cidade e levantam questões sobre conduta policial e justiça

Os policiais militares investigados pelo caso de tortura e morte de Vladimir Abreu de Oliveira, residente do Condomínio Princesa Isabel em Porto Alegre, teriam agredido o homem por aproximadamente 40 minutos, conforme revelado pelo relatório do inquérito policial militar (IPM). Segundo o IPM obtido pela RBS TV, dados do GPS indicam que a viatura utilizada pelos PMs permaneceu parada por 42 minutos na ponte do Guaíba, local onde o corpo de Vladimir teria sido jogado na água.

O incidente ocorreu em maio deste ano, desencadeando protestos que resultaram na queima de dois ônibus na capital. Os principais suspeitos são o sargento Felipe Adolpho Luiz e o soldado Lucas da Silva Peixoto, atualmente detidos no presídio da corporação. Eles devem prestar depoimento nesta semana como parte das investigações conduzidas tanto pela Polícia Civil quanto pela própria Brigada Militar.

De acordo com trechos do relatório do IPM, as lesões sofridas por Vladimir foram infligidas enquanto ele ainda estava vivo. Após sua morte, o corpo teria sido descartado na água, sugerindo uma tentativa de ocultação do cadáver. O laudo de necropsia indicou que a causa da morte foi politraumatismo. A investigação da Brigada Militar incluiu depoimentos de 10 pessoas, incluindo moradores, vizinhos e policiais da Força Tática do 9º BPM.

O corregedor-geral da Brigada Militar, coronel Vladimir Luís Silva da Rosa, afirmou que todas as medidas necessárias foram tomadas para apurar o caso e destacou que a violência dos policiais não pode ser justificada pelo contexto analisado.

Dois PMs foram formalmente acusados pela Corregedoria: o 2º Sargento Felipe Adolpho Luiz e o Soldado Lucas da Silva Peixoto, ambos por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. Outros foram indiciados por crimes como tortura por omissão, prevaricação e omissão de socorro.

Os advogados dos acusados têm questionado as prisões preventivas, argumentando que são injustificadas e resultado de pressão sobre a instituição. A Brigada Militar, em comunicado à imprensa, lamentou o ocorrido e reiterou seu repúdio a quaisquer abusos por parte de seus membros.

A investigação da Polícia Civil, liderada pelo delegado André Luiz Freitas, também está em andamento e visa esclarecer todos os aspectos do caso. A família de Vladimir afirmou que ele era dependente químico, mas não tinha envolvimento criminal recente conhecido. O inquérito da Polícia Civil deve ser concluído até o final do mês.

- Publicidade -

Mais populares

Feito com muito 💜 por go7.com.br