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sexta-feira, setembro 13, 2024
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Ministra denuncia pressão dentro do governo para retirada de mulheres dos cargos de chefia para serem substituídas por homens

"Somos atacadas", diz Sonia Guajajara sobre troca ministerial. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou que as ministras do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão sendo alvo de ataques diários ao tentarem manter seus cargos, já que há uma pressão para substituí-las por homens. O governo está buscando uma reorganização ministerial para obter mais apoio no Congresso, e os ministérios liderados por mulheres estão entre os mais visados por novos apoiadores.

Sonia Guajajara fez essa declaração durante a abertura da Marcha das Margaridas, uma manifestação realizada por mulheres trabalhadoras rurais do Brasil que ocorre desde 2000 em busca de direitos trabalhistas e igualdade.

O governo de Lula alcançou um recorde de participação feminina na Esplanada dos Ministérios em comparação com todo o período pós-redemocratização do Brasil. No total, 11 ministras foram nomeadas, superando o recorde anterior de nove ministras sob o governo de Dilma Rousseff.

No entanto, após pouco mais de cinco meses de governo, a primeira troca ministerial aconteceu com uma ministra. Daniela Carneiro, então ministra do Turismo, deixou o cargo em julho e foi substituída pelo deputado federal Celso Sabino.

A reforma ministerial planejada por Lula tem como objetivo aumentar a participação do Centrão, um bloco de partidos conservadores e de centro-direita, no governo. Isso envolveria nomeações de deputados indicados pelo Partido Progressista (PP) e pelo Republicanos como ministros. As pastas a serem ocupadas ainda estão sendo discutidas.

Entre os ministérios e estatais que poderiam passar por mudanças estão o Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Ministério dos Esportes, Ministério dos Direitos Humanos, Ministério de Portos e Aeroportos, Embratur, Funasa, Correios e Caixa Econômica Federal. A reforma é parte dos esforços do governo para fortalecer sua base de apoio no Congresso e buscar uma governabilidade mais ampla.

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