MORRO ABAIXO – Prévia do PIB brasileiro sinaliza desaceleração da economia em 2023

O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, que é considerado uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), revelou uma expansão de 2,45% em 2023 em comparação com o ano anterior.

O PIB, por sua vez, representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, independentemente da nacionalidade dos produtores, sendo uma medida fundamental para analisar o desempenho da economia brasileira.

Apesar do crescimento registrado em 2023, houve uma desaceleração em relação ao ano anterior, quando a expansão foi de 2,77%.

O resultado oficial do PIB de 2023 será divulgado somente em 1º de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o PIB cresceu 3%.

Tanto o Ministério da Fazenda quanto o Banco Central estimaram uma expansão de 3% para o PIB de 2023, mantendo a mesma projeção para o crescimento econômico do ano.

No quarto trimestre de 2023, segundo o BC, o índice de atividade econômica apresentou um aumento de 0,22% em comparação com os três meses anteriores.

A desaceleração econômica observada em 2023 ocorreu em um contexto de taxas de juros elevadas, adotadas para controlar pressões inflacionárias ao longo da maior parte do ano.

Em relação ao endividamento das famílias, houve um aumento para 48,2% da renda acumulada nos 12 meses até novembro de 2023, comparado a 49% no final de 2022. A taxa de inadimplência média nas operações de crédito também aumentou, atingindo 3,3% no final de 2023, em comparação com 3% no final de 2022.

Esses dados são relevantes, visto que indicam um cenário de maior cautela e pressões econômicas sobre as famílias brasileiras, mesmo com o recuo gradual da taxa Selic a partir de agosto de 2023.

Embora o IBC-Br seja uma ferramenta importante para acompanhar a atividade econômica, ele não necessariamente reflete os dados finais do PIB, uma vez que seu cálculo difere um pouco e não incorpora todos os elementos considerados pelo IBGE na medição oficial. No entanto, é utilizado pelo Banco Central como uma das referências para suas decisões de política monetária.