“O som da liberdade”: um filme necessário sobre tráfico de crianças

Um filme necessário, para uma realidade que, muitas vezes, as pessoas insistem em ignorar.

No dia 21 de setembro de 2023 foi lançado, no Brasil, o filme “O som da liberdade” (“Sound of Freedom”), de Alejandro Gómez Monteverde, estrelado por Jim Caviezel (do inesquecível “A paixão de Cristo”). Um filme necessário. Urgente. Afinal, precisamos falar do tráfico de crianças que assola nosso planeta como verdadeira pandemia. (Assista ao trailer aqui).

“Um ex-agente federal embarca em uma perigosa missão para salvar uma menina dos cruéis traficantes de crianças. Com o tempo se esgotando, ele viaja pelas profundezas da selva colombiana, colocando sua vida em risco para libertá-la” é a sinopse de “O som da liberdade”. 

O filme se passa na América do Sul, onde tráficos de diferentes tipos – de drogas ilícitas a órgãos e (órgãos de) crianças – nos fazem sentir na corda bamba, ao menos quando pensamos na segurança dos pequenos. Ainda mais sob o fato de que narcotraficantes inescrupulosos governam países como Venezuela, Nicarágua e Bolívia – já financiados pelo atual governo, o que é preocupante.

Tráfico dá dinheiro. Dá muito dinheiro. E não é só de substâncias: existe, e não podemos deixar de enxergar, o tráfico de crianças – e, muitas vezes, de seus órgãos, inclusive logo após o nascimento. “O som do silêncio” vem falar sobre isso, o que muitos parecem não querer permitir.

Um filme necessário, para uma realidade que, muitas vezes, as pessoas insistem em ignorar. O povo, o governo, a sociedade. E pior, politizando-a, como se fosse pauta da Direita, ou contra a Esquerda falar sobre tráfico de crianças e órgãos. Quantas crianças somem por dia no Brasil? Na América do Sul? No mundo? Quais os motivos dos desaparecimentos? Dentre eles, certamente, nos primeiros lugares, o tráfico.

Eu me pergunto por que toda esta revolta quando o assunto envolve crianças, inocência e futuro do nosso país e do mundo; violência, crime e impunidade. Quem está por trás do tráfico de crianças e de órgãos – infantis ou não – e não quer que o tema seja tratado?

Fiquei espantada, admito, com a quantidade de críticas da mídia ao longa, quando, segundo o Google, 96% das pessoas gostaram da obra. Com razão. Mais uma vez, é uma obra necessária. Muitos não vão gostar disso.

Sugiro que todos assistam a este importante e marcante filme. Chega de ignorar realidades, de romantizar situações alarmantes da nossa era. Chega de proteger criminosos impunes, colocando a culpa em quem os persegue ou condena, em quem os expõe, por exemplo, no Cinema.

Ah. Não se esqueça de proteger suas crianças, sempre. Não falar com estranhos, não aceitar nada de estranhos, instruí-las sobre comportamentos nocivos de adultos, como aliciamento e assédio. É vital. Tanto da parte dos pais e da família (quem cria), como das escolas.

Muitos querem que “O som do silêncio” fique em silêncio.

Assim como todas as crianças silenciadas para sempre, todos os dias, através do tráfico, do rapto, a vida lhes sendo usurpada de maneira cruel por gente, muitas vezes, poderosa e influente, que se mantêm nas sombras do poder político e econômico. Vamos lutar por nossas crianças, e não chamar criminosos de vítimas, e vítimas, de criminosos.